Muito antes das discussões atuais sobre as mudanças climátic...
Fora da rota dos grandes furacões, sem vulcões ativos e desprovido de zonas habitadas sujeitas a terremotos, o Brasil não figura entre os países mais suscetíveis a desastres naturais. Contudo, a aparência de lugar protegido dos humores do clima e dos solavancos da geologia deve ser relativizada. Aqui, cerca de 85% dos desastres são causados por três tipos de ocorrências: inundações bruscas, deslizamentos de terra e secas prolongadas. Esses fenômenos são relativamente recorrentes em zonas tropicais, e seus efeitos podem ser atenuados por políticas públicas de redução de danos.
Dois estudos feitos por pesquisadores brasileiros indicam que o risco de ocorrência desses três tipos de desastre deverá aumentar até o final do século. Eles também sinalizam que novos pontos do território nacional deverão se transformar em áreas de risco significativo para esses mesmos problemas. “Os impactos tendem a ser maiores no futuro, com as mudanças climáticas, o crescimento das cidades e a ocupação de mais áreas de risco”, comenta o pesquisador José A. Marengo.
Além da suscetibilidade natural a secas, enchentes, deslizamentos e outros desastres, a ação do homem tem um peso considerável em transformar o que poderia ser um problema de menor monta em uma catástrofe. Os pesquisadores estimam que um terço do impacto dos deslizamentos de terra e metade dos estragos de inundações poderiam ser evitados com alterações de práticas humanas ligadas à ocupação do solo e a melhorias nas condições socioeconômicas da população em áreas de risco.
Moradias precárias em lugares inadequados, perto de encostas ou em pontos de alagamento, cidades superpopulosas e impermeabilizadas, que não escoam a água da chuva; esses fatores da cultura humana podem influenciar o desfecho de uma situação de risco. “Até hábitos cotidianos, como não jogar lixo na rua, e o nível de solidariedade de uma população podem ao menos mitigar os impactos de um desastre”, pondera a geógrafa Lucí Hidalgo Nunes.
(Adaptado de PIVETTA, Marcos. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br)
No contexto, as palavras longínquos (1o parágrafo) e mitigar (5o parágrafo) adquirem, respectivamente, sentidos de:
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Comentários
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Creio que a dúvida circunda a palavra Exasperar.
Exasperado ---> tornar(-se) mais intenso, mais vivo, exaltado ou enfurecido, que teve sua intensidade aumentada..
Tanto longínquo (1º parágrafo), quanto mitigar possuem como sinônimos remotos (tendo em vista se tratar de tempo) e atenuar que diz respeito a diminuir o impacto de alguma coisa sobre algo ou alguém.
-Longínquo está relacionado a um tempo distante e mitigado a amenizado (abrandamento do impacto).
A) Contíguo: que está adjacente ou próximo; vizinho. (ERRADO)
B) ERRADA
C) Exasperar: tornar(-se) mais intenso, mais vivo, enfurecido. (ERRADO)
D) ERRADA
E) CERTA (REMOTOS-ABRANDAR)
Questões da FCC requerem uma análise rápida e ler os trechos específicos dos textos.
Até hábitos cotidianos, como não jogar lixo na rua, e o nível de solidariedade de uma população podem ao menos mitigar os impactos de um desastre”, pondera a geógrafa Lucí Hidalgo Nunes.
O que vai mitigar ?
os impactos de um desastre.
mitigar = abrandar.
Treine questões dessa forma e passe mais rápido.
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