Analise: “Nos EUA, que mantêm dados históricos precisos, o ...
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Ano: 2022
Banca:
Instituto UniFil
Órgão:
Câmara de Mandaguaçu - PR
Prova:
Instituto UniFil - 2022 - Câmara de Mandaguaçu - PR - Advogado |
Q2176006
Português
Texto associado
Uma breve história da expectativa de vida
Em um século, a expectativa de vida no Brasil saltou de 33
para 77 anos. E o aumento na longevidade deixa claro qual é o
próximo desafio da medicina: vencer as enfermidades mentais
associadas à idade avançada.
Por Alexandre Versignassi
No início do século 20, quando a expectativa de vida era
de 47 anos nos países industrializados e de 33 no nosso, o que
mais matava eram as doenças infecciosas: pneumonia,
tuberculose, gastroenterite. A pandemia, ao tirar 5,5 milhões de
vidas nos últimos dois anos, trouxe as infecções de volta aos
holofotes. O caminho natural, porém, é a ciência vencer essa
luta novamente, como fez antes.
O desenvolvimento de vacinas e antibióticos, além de
condições mais humanas de saneamento básico, foi baixando a
bola das doenças infecciosas ao longo do século passado. E em
1960 a expectativa de vida tinha saltado para 52 anos por aqui
(e 69 anos nos países ricos). Foi aí que as doenças
cardiovasculares e os vários tipos de câncer passaram a ser os
grandes desafios de longo prazo da medicina. Mas essa é outra
guerra que está sendo vencida. Nos EUA, que mantêm dados
históricos precisos, o número de mortes por doenças
cardiovasculares caiu de 800 para cada 100 mil habitantes na
década de 1960 para 200 hoje. Um tombo de 75%.
As batalhas contra o câncer são mais complexas, mas
não faltam vitórias. Uma das principais é o sucesso das
imunoterapias no combate ao melanoma (o mais agressivo dos
cânceres de pele). Desde o boom na criação de novos
medicamentos, a mortalidade por melanoma passou a cair 5%
ao ano. Tudo isso levou a mais avanços na expectativa de vida.
Hoje ela está próxima dos 80 anos, seja no Brasil, seja nos
países do topo da pirâmide. Por aqui, sempre vale lembrar, boa
parte disso se deve a um fato central: sermos o único país com
mais de 200 milhões de habitantes a contar com um sistema
universal de assistência médica gratuita, o SUS.
E hoje há 22 milhões de pessoas com 65 anos ou mais
no país. Uma vitória. Mas o aumento na longevidade traz outro
desafio para a medicina: as enfermidades mentais que surgem
nas fases mais avançadas da vida – principalmente o Alzheimer,
que atinge 1,2 milhão de brasileiros. A FDA (Anvisa dos EUA)
aprovou em junho de 2021 aquele que seria o primeiro remédio
capaz de reverter o Alzheimer: o aducanumab. Seu trunfo é
“limpar” as placas de proteína beta-amiloide no cérebro. O
acúmulo delas ao longo dos anos seria, de acordo com a
hipótese mais aceita, a causa do Alzheimer. E o aducanumab
consegue mesmo exterminar essas placas. O problema: isso se
mostrou ineficaz. Os doentes tratados seguiram doentes, o que
só aumenta a aura de mistério em torno da doença.
[...]
Disponível em: https://super.abril.com.br/coluna/alexandre-versignassi/uma-brevehistoria-da-expectativa-de-vida/
Analise: “Nos EUA, que mantêm dados históricos
precisos, o número de mortes por doenças
cardiovasculares caiu de 800 para cada 100 mil
habitantes na década de 1960 para 200 hoje.”
I. Os dados dos Estados Unidos são confiáveis. II. Os números comprovam a eficácia das medidas preventivas às doenças.
I. Os dados dos Estados Unidos são confiáveis. II. Os números comprovam a eficácia das medidas preventivas às doenças.