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Ano: 2017
Banca:
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão:
IFN-MG
Prova:
FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2017 - IFN-MG - Auxiliar em Administração |
Q1112538
Português
Texto associado
INSTRUÇÃO: Leia o texto a seguir para responder à questão.
Absorventes sustentáveis ajudam meninas
africanas a ficarem na escola
Uma em cada 10 meninas africanas não vai à
escola durante menstruação. Iniciativas sociais têm
desenvolvido absorventes para evitar situação.
Sue Barnes nunca teve problemas para conseguir
absorventes higiênicos enquanto crescia na África do
Sul. Mas nem toda garota – ela percebeu depois – tinha
tanta sorte quanto ela e o simples fato de menstruar
tornava suas vidas cotidianas mais difíceis.
Em 2010, Sue descobriu que garotas de famílias pobres
estavam faltando na escola a cada menstruação porque
não podiam comprar absorventes. “As garotas estavam
perdendo uma semana de escola por mês”, diz Sue,
de 49 anos.
Desde então, ela começou a se dedicar à causa de que
nenhuma garota sul-africana tenha que perder aulas por
causa da menstruação. Sue, que antes trabalhava na
indústria de roupas, desenvolveu um kit reutilizável de
absorventes e calcinhas.
Por US$ 16, é possível comprar um kit com três calcinhas
e nove absorventes reutilizáveis. Os produtos são
consideravelmente mais baratos do que os absorventes
vendidos nas farmácias, pois podem ser usados durante
anos.
Na África do Sul, um pacote com 10 absorventes
descartáveis é vendido por US$ 1,80. É um valor muito
alto para o salário de US$ 183 mensais recebido pelo
trabalhador negro médio no país.
“As garotas estavam usando areia, folhas, plástico e
jornal para conter o sangue”, diz Sue. Agora, ela está
fabricando absorventes reutilizáveis e calcinhas para
distribuir em escolas de Lesotho e Swazilândia.
Os absorventes são laváveis e se encaixam nas
calcinhas com clipes. Duram aproximadamente cinco
anos. Sue arrecada doações por meio de sua ONG
“Project Dignity” (Projeto Dignidade) e fabrica kits para
serem distribuídos nas escolas. “Minha visão é que
todas as meninas recebam educação. Não apenas isso,
mas também dignidade e respeito próprio”, diz.
Problema em toda a África
O problema menstrual ocorre em vários países. A Unicef
estima que uma a cada 10 meninas africanas deixa de
frequentar a escola durante o período menstrual. Mas,
em alguns países, como a Uganda, esse número é
estimado em 60%.
Mas pessoas como Sue estão começando a fazer
a diferença, liderando iniciativas pelo continente
para ajudar as garotas a permanecerem na
escola ao fornecer absorventes higiênicos.
A entidade African Water Facility anunciou, em fevereiro,
que vai dar US$ 1 milhão para ajudar a melhorar a higiene
menstrual na província de Eastern Cape, na África do
Sul. O objetivo é melhorar a frequência na escola, com
“atenção particular às necessidades das meninas”.
[...]
Disponível em: <http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/04/absorventes-sustentaveis-ajudam-meninas-africanas-ficaremna-escola.html>. Acesso em: 16 out. 2017 (Adaptação).
Assinale a alternativa em que a palavra destacada não
qualifica outra do mesmo trecho.