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Q892325 Serviço Social

Texto 1


Na análise de Netto (2010, p.22), “(...) é largo o leque de fenômenos contemporâneos que indicam o exaurimento das possibilidades civilizatórias da ordem tardia do capital (...)”. 

Considerando a assertiva do texto 1, as políticas sociais para os “excluídos” enfrentam apenas a penúria mais extrema. O minimalismo dessas políticas, “frente a uma questão social maximizada” (Netto, 2010, p.24), materializa-se em políticas de rendas mínimas, que se cronificam como basicamente assistencialistas, pois:
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Gabarito B

Interpretando trecho do artigo entendo que, de fato, as Políticas Sociais só serão efetivas se forem articuladas com transformações estruturais. Porém, não é isso que vem acontecendo, demonstrando que os ganhos dessas políticas não são capazes de erradicar a pobreza, expressão da questão social. Esse minimalismo, de apenas enfrentar a penúria extrema, conforme Netto, acabam por cronificar‑se como programas emergenciais e basicamente assistencialistas.

Segue abaixo trecho do artigo de José Paulo Netto - Crise do capital e consequências societárias - Revista Seso e Sociedade 111.

Segundo Netto, à hipertrofia da dimensão/ação repressiva do Estado burguês conjuga‑se outra dimensão, coesiva e legitimadora: o novo assistencialismo, a nova filantropia que satura as várias iniciativas — estatais, privadas e estatal/privadas, mediante as chamadas “parcerias público‑privado” — que configuram as políticas sociais implementadas desde os anos 1980‑90 para enfrentar o quadro da pauperização contemporânea, isto é, da “questão social”, “velha” e/ou “nova”. A política social dirigida aos agora qualificados como excluídos se perfila, reivindicando‑se como inscrita no domínio dos direitos, enquanto específica do tardo‑capitalismo: não tem nem mesmo a formal pretensão de erradicar a pobreza, mas de enfrentar apenas a penúria mais extrema, a indigência. Observamos que a proposta do objetivos de desenvolvimento do milênio era de até 2015, reduzir a extrema pobreza pela metade. Os relatórios do PNUD, ainda que enfatizem “ganhos” deste programa, deixam claro que seus objetivos — reitere‑se: minimalistas — não serão alcançados. E esse minimalismo é que caracterizam os programas de rendas mínimas têm sido implementados em alguns países capitalistas centrais e em muitos países periféricos. A experiência de mais de uma década, especialmente na América Latina, é muito pouco promissora: na medida em que não se conjugam efetivamente com transformações estruturais (e esta é uma das condições políticas para que o tardo‑capitalismo os suporte), eles acabam por cronificar‑se como programas emergenciais e basicamente assistencialistas.

Crise do capital e consequências societárias - Revista Seso e Sociedade 111.

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