A reestruturação produtiva alterou substantivamente os dete...

Gabarito D

O processo de reestruturação produtiva consolidou-se no Brasil a partir do governo Collor de Mello, em 1989, sob o despotismo da competitividade provocada pelo mercado globalizado, no atual estágio de acumulação flexível do capital. O conseito de acumulação flexível segundo Harvey, refere-se á passagem do modo fordista de acumulação capitalista dominante em 1920 a 1970, principalmente a partir de 1945, com o reforço keynesiano, para um modo flexível, como forma de superar a crise do capital, verificada a partir dos anos 1970.

Como nesse novo cenário o mercado de trabalho foi altamente atingindo, alterando substantivamente os determinantes de saúde-doença dos trabalhadores. No Brasil, vários estudos indicam que essas alterações estão vinculadas a três grandes fontes estruturais, sendo uma delas: o atraso nas tecnologias de produção e seu processo de modernização.

AUTORES BASE: Octavio Ianni, Ricardo Antunes, Zé Paulo Netto e Lúcia Freire.

 

e as outras duas fontes estruturais?

Alguém pode informar quais as outras 2 fontes estruturais, ou em que artigo ou página essa questão se refere. Desde já obrigada.

não entendi.

 sendo uma delas:

LETRA "D"

Gabarito: D - o atraso nas tecnologias de produção e seu processo de modernização;

A compreensão da relação entre a reestruturação produtiva e os determinantes de saúde-doença é fundamental para entender as mudanças no mundo do trabalho e como elas afetam a saúde dos trabalhadores. A reestruturação produtiva refere-se às mudanças no processo de produção, organização do trabalho e na economia global, impactando diretamente as condições de trabalho e, consequentemente, a saúde dos trabalhadores.

A alternativa correta, D, menciona o "atraso nas tecnologias de produção e seu processo de modernização". O atraso tecnológico em um contexto de reestruturação produtiva pode significar que os métodos de trabalho estão obsoletos, podendo levar a uma maior incidência de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, devido, por exemplo, ao uso contínuo de maquinário desatualizado, que pode ser menos seguro e mais propenso a falhas. Além disso, a falta de modernização pode resultar em práticas de trabalho mais intensivas e extenuantes para compensar a falta de eficiência, levando a estresse e outros problemas relacionados à saúde dos trabalhadores.

É importante destacar que os demais itens, embora relevantes quando analisamos os determinantes de saúde-doença, não são diretamente associados à ideia de reestruturação produtiva, mas sim a consequências dessa reestruturação ou a aspectos independentes da modernização tecnológica em si. Por exemplo, a ausência de qualificação profissional (A) pode ser um fator que contribui para a vulnerabilidade dos trabalhadores, mas não é uma fonte estrutural diretamente relacionada à reestruturação produtiva.

Entender essas dinâmicas é crucial para você, enquanto futuro(a) assistente social na área da saúde, poder intervir de forma eficaz na promoção da saúde dos trabalhadores e na prevenção de doenças ocupacionais. Lembre-se de que seu papel inclui tanto a assistência direta quanto o trabalho com políticas públicas e a gestão de programas que visem à melhoria das condições de trabalho e à saúde ocupacional.