Após a aferição da pressão arterial, a escolha da solução an...

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Q1970120 Odontologia

Atenção: Para responder à questão, considere as informações a seguir:


Paciente com 49 anos de idade, sexo masculino, tem indicação para extração de elementos dentários com finalidade protética. Na anamnese, o paciente refere “pressão alta” e o uso continuado de Indapamida e Losartana por indicação médica. O exame clínico mostra as raízes residuais dos dentes 14 e 15 e ausência dos dentes 16, 17 e 18, achado que é confirmado pelo exame radiográfico.  

Após a aferição da pressão arterial, a escolha da solução anestésica local injetável para a realização do procedimento cirúrgico deve considerar os valores de pressão arterial sistólica (PAS), pressão arterial diastólica (PAD), solução anestésica e número máximo de tubetes, respectivamente,
Alternativas

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A alternativa correta é a A. Vamos entender o porquê e analisar cada alternativa.

A questão trata da escolha da solução anestésica local em um paciente com hipertensão controlada, refletida pelos medicamentos que ele está utilizando (Indapamida e Losartana). Assim, ao escolher a solução anestésica, é necessário considerar tanto a pressão arterial do paciente quanto o uso de vasoconstritores que podem influenciar na pressão arterial.

Explicação da Alternativa Correta (A):

A alternativa A descreve uma PAS entre 140 e 159 mmHg e uma PAD entre 90 e 99 mmHg, o que está dentro dos limites de hipertensão estágio 1. A escolha da lidocaína a 2% com epinefrina a 1:100.000 é prudente porque a epinefrina em baixa concentração ajuda a reduzir o sangramento e aumentar a duração do anestésico sem provocar aumentos significativos na pressão arterial. Limitar a quantidade a 2 tubetes é uma medida de segurança para minimizar potenciais efeitos adversos do vasoconstritor.

Análise das Alternativas Incorretas:

B: Esta alternativa sugere uma PAS entre 160 e 180 mmHg e PAD entre 100 e 110 mmHg, o que indica hipertensão estágio 2. Utilizar prilocaína a 3% com felipressina a 0,03 UI/mL pode ser uma opção, mas usar 4 tubetes pode ser excessivo para um paciente com hipertensão tão elevada.

C: A lidocaína a 3% com norepinefrina a 1:50.000 não é indicada para hipertensos devido ao potente efeito vasoconstritor da norepinefrina, que poderia aumentar a pressão arterial de forma significativa.

D: A descrição da pressão arterial é a mesma que a da alternativa B, indicando hipertensão estágio 2. A opção por lidocaína a 2% com epinefrina a 1:200.000 pode ser adequada, mas o uso de 4 tubetes novamente apresenta um risco para pacientes com hipertensão elevada.

E: Usar lidocaína a 2% sem vasoconstritor com 4 tubetes pode ser seguro sob o ponto de vista de vasoconstrição, mas a falta de vasoconstritor pode reduzir a eficácia e duração do anestésico, além de aumentar o risco de sangramento.

É essencial que a escolha do anestésico local e a quantidade de vasoconstritor sejam feitas de modo a minimizar riscos e complicações para o paciente, especialmente no caso de hipertensos.

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A questão envolve o conhecimento de anestesia local em pacientes com hipertensão arterial, em especial, a escolha da solução anestésica mais adequada. A resposta correta é a opção A: PAS entre 140 e 159 mmHg e PAD entre 90 e 99 mmHg; lidocaína a 2% com epinefrina a 1:100.000; 2 tubetes. A pressão arterial do paciente enquadra-se no estágio 1 da hipertensão, com valores entre 140-159 mmHg para a pressão arterial sistólica e 90-99 mmHg para a pressão arterial diastólica. A lidocaína a 2% com epinefrina a 1:100.000 é a solução anestésica de escolha para estes pacientes, uma vez que a epinefrina, em baixas concentrações, age como vasoconstritor local, prolongando o efeito da anestesia e minimizando a absorção sistêmica da droga, o que é desejável em pacientes hipertensos. Além disso, o número máximo de tubetes deve ser limitado a 2, para evitar uma possível sobrecarga cardiovascular. As outras opções listam pressões arteriais mais elevadas, anestésicos com concentrações de vasoconstritores diferentes ou inapropriados e/ou um número maior de tubetes, o que seria menos seguro para um paciente com hipertensão.

Lidocaina 2% com epinefrina a 1:100.000 = 2 tubetes

Lidocaina 2% com epinefrina a 1:200.000 = 4 tubetes

Prilocaina 3% com felipressina  0,03 UI/mL = 3 tubetes

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