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Q3055906 Conhecimentos Bancários
Uma empresa S.A. acaba de concluir uma avaliação da sua gestão de risco, juntamente com o gerente do banco em que possui conta, e encontrou um item de preocupação. A empresa possui uma incompatibilidade na rentabilidade de alguns ativos financeiros, em relação ao custo de seus passivos financeiros. Seus investimentos em títulos (ativos financeiros) e sua dívida de longo prazo (passivo financeiro) têm um principal de R$ 1.000.000,00 recebíveis/pagáveis em 31 de dezembro. Ambos os instrumentos têm vencimentos de três anos (não há prêmios ou descontos em ambos). No entanto, a dívida de longo prazo é prefixada e incorre em juros anuais de 8%, enquanto os títulos em Reais rendem juros pós-fixados indexados no DI (Depósito Interbancário) de um ano.

Considerando as informações apresentadas, a área de gestão de risco indicou que a empresa deveria realizar um
Alternativas

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Alternativa Correta: E - swap de taxa de juros

O tema central dessa questão é a gestão de risco em operações financeiras de uma empresa S.A., especificamente a escolha de instrumentos financeiros para mitigar o risco de incompatibilidade entre os retornos dos ativos e os custos dos passivos. Para resolver essa questão, é necessário compreender como funcionam diferentes tipos de operações no mercado de capitais, como contratos a termo, opções e swaps, e identificar qual deles é adequado para a situação descrita.

A empresa enfrenta um problema de incompatibilidade entre os juros fixos de 8% ao ano que deve pagar sobre sua dívida de longo prazo e os juros pós-fixados indexados ao DI que recebe sobre seus ativos. Para mitigar esse risco, a empresa deve buscar igualar ou equilibrar os juros pagos e recebidos. Nesse contexto, a operação financeira mais adequada é o swap de taxa de juros, que permite trocar uma taxa de juros fixa por uma variável, ou vice-versa.

Justificativa da Alternativa Correta:

  • E - swap de taxa de juros: Este instrumento é usado para trocar fluxos de caixa de juros entre duas partes, permitindo que a empresa troque sua obrigação de pagar uma taxa de juros fixa por uma taxa variável, compatibilizando assim os fluxos de caixa dos ativos e passivos. Isso ajuda a mitigar o risco de descompasso entre as taxas de juros.

Análise das Alternativas Incorretas:

  • A - contrato a termo: Este é um acordo para comprar ou vender um ativo por um preço fixo em uma data futura. Não é adequado para resolver o problema de incompatibilidade de taxas de juros, pois não lida diretamente com fluxos de juros.
  • B - contrato de opção: As opções dão o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender um ativo por um preço específico no futuro. Embora possam ser usadas para gestão de risco, não se aplicam diretamente à troca de taxas de juros fixas por variáveis.
  • C - swap de índice: Este tipo de swap é utilizado para trocar retornos baseados em índices, como índices de ações ou commodities, não sendo aplicável à troca de taxas de juros.
  • D - swap de moeda: Este tipo de swap envolve a troca de principal e juros em diferentes moedas, útil para mitigar riscos cambiais, mas não aplicável ao caso de troca de taxas de juros fixas por variáveis na mesma moeda.

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Comentários

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Ao permutar a taxa de juros a empresa pode e deve se resguardar do risco, tendo em vista que, a taxa de juros dos seus ativos não está fixada, deixando-a exposta a ter recebíveis inferiores há 8%a.a

A resposta correta é: **(E) swap de taxa de juros**.

### Explicação:

1. **Problema identificado**:

  - A empresa possui uma **incompatibilidade de taxas**:

   - **Passivo financeiro**: Taxa de juros prefixada (8% ao ano).

   - **Ativo financeiro**: Taxa de juros pós-fixada (indexada ao DI).

  Isso expõe a empresa ao risco de variação das taxas de juros, pois se a taxa DI cair, a rentabilidade dos ativos poderá ser menor que o custo fixo da dívida.

2. **Objetivo do instrumento financeiro**:

  Um **swap de taxa de juros** permite que a empresa troque:

  - O pagamento da sua taxa prefixada (8% ao ano no passivo financeiro) por uma taxa pós-fixada (DI).

  - Isso "alinha" o comportamento dos fluxos de caixa de ativos e passivos, reduzindo o risco de incompatibilidade.

3. **Outras alternativas explicadas**:

  - **(A) Contrato a termo**: Não se aplica, pois é um contrato de compra ou venda futura de um ativo, não uma troca de taxas.

  - **(B) Contrato de opção**: Oferece o direito, mas não a obrigação, de comprar ou vender ativos a um preço fixo. Não resolve a questão de incompatibilidade de taxas.

  - **(C) Swap de índice**: É utilizado para trocar índices diferentes (ex.: IPCA por CDI). Não é o caso, pois o problema é de taxa de juros fixa vs. pós-fixada.

  - **(D) Swap de moeda**: Troca fluxos em diferentes moedas. Não há envolvimento de moedas distintas no cenário descrito.

Portanto, a solução indicada pela área de gestão de risco é o **swap de taxa de juros**, pois resolve a incompatibilidade entre as taxas prefixada e pós-fixada.

Fonte: ChatGPT

Eu segui o seguinte raciocínio

1°- Se a divida é prefixada e o problema é na rentabilidade o que eles precisam é de algo que seja superior a 8%, essa foi a questão que interpretei.

2°- Nisso segui o seguinte raciocínio

-Swap é basicamente a troca de rentabilidade, com isso já elimino um dos problemas sobra saber sobre a rentabilidade que deve ser indice ou tx de juros

-Optei pela segunda opção, pois ela iria ser superior a divida prefixada, uma vez que as tx das dividas não podem ser superiores as tx de juros(SELIC)

Errei

Assunto: Títulos Públicos e Mercado de Capitais

Os investimentos são classificados de duas formas:

1. Renda variável: quando o valor do ativo depende de fatores que não podem ser previstos, ou seja, dependem da oferta e demanda no mercado.

2. Renda fixa: é uma forma de remuneração previamente definida. Esta pode ser classificada como:

2.1 Prefixada: quando o percentual é fixado previamente (Ex: 8% a.a);

2.2 Pós-fixado: quando o percentual acompanha um índice de referência (Ex: SELIC, IPCA).

O enunciado da questão descreve um cenário em que a dívida de longo prazo é prefixada e incorre em juros anuais de 8%, enquanto os títulos em Reais rendem juros pós-fixados indexados no DI (Depósito Interbancário) de um ano. Esse desalinhamento expõe a empresa a risco de taxa de juros, pois os rendimentos dos seus ativos variam conforme o DI, enquanto a dívida tem um custo fixo. Se a taxa do DI cair, os ativos podem render menos do que os 8% pagos pela dívida, o que causaria um prejuízo para a empresa.

Por conta disso, uma alternativa interessante seria fazer uma troca de taxas (SWAP da taxa de juros).

Resposta letra E.

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