“Esse processo se repete cinco, seis, sete vezes. Só para q...

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A jaula tem 1 metro de largura por 1,8 de comprimento. É do tamanho de uma geladeira. A porca reprodutora, um enorme animal de 14 kg, mal consegue se mexer ali dentro. Passa a vida inteira deitada, sem andar, com as patas atrofiadas. Ela só sai para parir — em outra jaula. Com menos de um mês, os filhotes são desmamados à força, e a porca é inseminada de novo. Esse processo se repete cinco, seis, sete vezes. Só para quando ela não consegue mais engravidar, e então é descartada como uma máquina velha. Em laboratórios de pesquisa, coelhos são totalmente imobilizados, sem poder sequer piscar, enquanto cientistas pingam substâncias em seus olhos. A tortura pode durar horas ou dias a fio até que, no fim do teste, o animal é sacrificado — a morte boa que vem em  seu socorro. As granjas não têm interesse em criar os pintinhos machos, pois eles demoram mais para engordar do que as fêmeas. E por isso são jogados, logo ao nascer, em sacos plásticos ou moedores de carne, para que morram sufocados ou sejam estraçalhados vivos.

Esses são só três exemplos dos maus-tratos que os bichos sofrem no mundo moderno. Há muitos outros. Ao longo do século 20, as indústrias alimentícia e farmacêutica elevaram a exploração animal a um patamar assustador. Mas não precisa ser assim. Nem sempre é necessário utilizar cobaias em estudos científicos — e, nos casos em que ainda é, isso não precisa ser feito com crueldade e indiferença. 95% da população mundial come, e provavelmente vai continuar comendo, carne. Mas isso não significa que bois, porcos e galinhas precisem ser criados, e abatidos, de forma desumana. A novidade é que, pressionada pelos consumidores e por novas leis, a indústria parece ter entendido isso. E finalmente, após décadas encarando os animais como objetos, começou a repensar o tratamento deles. Um conjunto de novas tecnologias e procedimentos, que deverão entrar em vigor já nos próximos anos, promete reduzir bastante o sofrimento animal.

Szklarz, Eduardo; Garattoni, Bruno. Maus-tratos aos animais. Superinteressante, São Paulo, ano 32, n. 395, p. 26–35, nov. 2018. (fragmento)

“Esse processo se repete cinco, seis, sete vezes. Só para quando ela não consegue mais engravidar, e então é descartada como uma máquina velha.” (l. 8–11)

A palavra destacada corresponde ao verbo “parar”. Com o novo acordo ortográfico, esse verbo, quando conjugado na terceira pessoa do singular do presente do indicativo, perdeu o acento diferencial, que o diferia da preposição “para”. Assim como essa palavra, outras também sofreram mudanças quanto à acentuação. Dessa forma, assinale a alternativa em que todas as palavras estão acentuadas corretamente.

Alternativas

Comentários

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GABARITO: LETRA C

→ queremos uma alternativa em que todas as palavras estejam acentuadas CORRETAMENTE:

A) pânico; pêra; condômino. → não há mais acento na palavra PERA, logo o correto é pera.

B) colméia; graudo; comboio. → As palavras paroxítonas com ditongos abertos "ei" e "oi" como “alcaloide”, “boia”, "ideia", “colmeia” passam a serem escritas sem acento; GRAÚDO ===> temos aqui um hiato, o "i" e "u" tônico que formam hiato com a vogal anterior são acentuados.

C) bilíngue; mausoléu; barbárie.

D) chapéu; feiúra; jiboia. → O acento agudo na vogal i e na vogal u quando precedidas de ditongos, nas palavras paroxítonas não recebem mais acento: baiuca, feiura,

E) enjôo; linguística; faísca. → As palavras paroxítonas terminadas em –oo e -ee não são mais acentuadas: voo, leem, creem, enjoo, magoo, abençoo.

FORÇA, GUERREIROS(AS)!! ☺

Gabarito: Letra C

Acentuam-se:

Acentos diferenciais

Os acentos diferenciais serão obrigatórios nas palavras pôr (verbo) e pôde (passado do verbo poder).

O acento diferencial é opcional somente em dêmos/demos (presente  do verbo dar) e fôrma/forma (recipiente).

Atenção

Ditongos abertos éi(s), ói(s), éu(s) não são mais acentuados nas palavras paroxítonas.

Ideia, apoia, colmeia.

Não utilizamos mais acentos no i e no u quando, nas palavras paroxítonas, estas letras vierem depois de um ditongo.

Feiura, baiuca, bocaiuva.

Palavras com repetições "oo, ee" não são acentuadas.

É preciso, no entanto, ficar atento às regras de I e U para as oxítonas e paroxítonas antes de acentuar palavras que se encaixem na regra do hiato.

Gab: C

A) pânico; pêra; condômino. > A forma correta é "pera";

B) colméia; graudo; comboio. > Colmeia > Paroxítonas com ditongo aberto "ei" "oi" perderam o acento;

C) bilíngue; mausoléu; barbárie. > gabarito;

D) chapéu; feiúra; jiboia.

E) enjôo; linguística; faísca. > acento agudo na vogal i e na vogal u quando estas forem precedidas de ditongos, nas palavras paroxítonas não recebem mais acento

forma correta de escrita da palavra é pera, sem acento circunflexo. A palavra pêra, com acento circunflexo, passou a estar errada com a entrada em vigor do atual acordo ortográfico. O substantivo feminino pera se refere, principalmente, ao fruto da pereira.

O acento circunflexo de pera atuava como um acento diferencial, distinguindo o substantivo pera da preposição arcaica pera. Contudo, o atual acordo aboliu o acento diferencial de vários pares de palavras, cuja distinção passou a ser feita apenas pelo contexto em que ocorrem. 

Outras palavras que perderam o acento diferencial:

para;

pelo;

pela;

polo.

O acento diferencial mantém-se apenas em:

pôr e por;

pôde e pode.

c)

bi-lín-gue - uma paroxítona terminada em ditongo crescente

mau-so-léu - uma oxítona terminada em ditongo decrescente

bar--ri-e - uma proparoxítona ocasional ou

bar--rie - uma paroxítona terminada em ditongo crescente

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