No poema, o poeta compara sua vida à de Robinson Crusoé. A ...
INFÂNCIA
Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala — e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
— Psiu… Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro… que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. 1. ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2013. p. 13.
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Comentários
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GABARITO: LETRA D
===> Sua vida tranquila ao lado de sua família tinha mais beleza do que as aventuras de Robinson Crusoé.
===> lia a história de Robinson Crusoé (inferimos, através de um conhecimento prévio, que Robinson Crusoé era um tremendo de um aventureiro, que viveu bons anos em uma ilha, cercado de aventuras)
===> E eu não sabia que minha história era mais bonita que a de Robinson Crusoé. (pois ele vivia cercado por sua família, sendo bem tratado, tendo uma vida tranquila e em paz).
FORÇA, GUERREIROS(AS)!!
Gab D
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Alternativa C é uma extrapolação .
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