“(...) em direção ao termo grego aisthesis, que significa j...
Próximas questões
Com base no mesmo assunto
Ano: 2023
Banca:
CONSULPAM
Órgão:
Prefeitura de Araraquara - SP
Prova:
CONSULPAM - 2023 - Prefeitura de Araraquara - SP - Professor II - Artes Visuais e Plásticas |
Q2304453
Educação Artística
“(...) em direção ao termo grego aisthesis, que significa
justamente sensação ou sentimento, talvez nos seja dado
obter um dos primeiros sentidos de que se revestiu a
palavra estética; e isso, não por acaso, devido à
“inexatidão” mesma daquilo que ela conta veicular.
Implicando a confluência de impressões sensíveis
elementares, assim como de um sem-número de
delicados estados internos de prazer – ou desprazer -, a
apreciação estética não depende, para instaurar o campo
de suas representações, da clareza e da distinção do
objeto a que se refere.” (BARROS, 2010, p.11 e 12)
Leia as assertivas a seguir acerca da reflexão sobre estética na arte:
I- Sobre a reflexão filosófica sobre a arte: refletir significa, em rigor, separar, dividir, ou, para utilizar um léxico condizente com a física, provocar o retorno de um determinado feixe fazendo-o incidir sobre uma superfície que o isola de um outro meio. Para aquilo que nos importa, basta lembrar que tal retorno equivale à volta do pensamento sobre si mesmo, momento em que, ao separar os objetos de suas respectivas intuições, o ser humano põe-se em contradição com o mundo exterior e dá, como dizia Schelling, “o primeiro passo em direção à filosofia”.
II- Sócrates pretende nos levar no diálogo Hípias Maior, momento em que, a contrapelo do sofista, torna operatória a distinção conceitual entre o Belo e os exemplos distintos de beleza. Pavimentado por um realismo imediato, o caminho trilhado pelo Hípias consiste em assinalar, mediante exemplos, diferentes candidatos à beleza: “Aquilo que é belo, Sócrates, para falar com toda verdade, é uma bela virgem” (PLATÃO, 1921, p.17). Ou ainda: “É com todo direito que o próprio deus declara as éguas belíssimas” (Id. ibid., p.17). Até mesmo um pote, quando fabricado por um bom oleiro, teria que ser reputado belo. Afinal: “Como denegar a beleza àquilo que é belo? - Isso é impossível, Sócrates” (Id. ibid., p.18). Mas, em vez de questionar a pertinência ou não de cada representação individual, Sócrates trata de inseri-las, por meio do método interrogativo, numa visão de conjunto segundo a qual a beleza “em si” não é evidente ao homem do senso comum, fazendo intervir uma reflexão que se instala noutro patamar.”
III- A presença objetiva da beleza seria atestada, apenas pelo olho e não pela alma, única capaz de isolar o que não pode ser mais isolado: aquilo pelo qual todas as coisas são levadas a parecerem belas, seja uma égua, uma virgem ou um belo pote. Suprassensível em seu fundamento, a bela Forma não estaria nem neste objeto nem naquele outro em particular, mas naquilo que já não pode ser considerado à parte depois de termos apartado tudo o mais, enfim, na abstração mesma do que os objetos têm de distintivo e singular.
Está(ão) CORRETO(S):
Leia as assertivas a seguir acerca da reflexão sobre estética na arte:
I- Sobre a reflexão filosófica sobre a arte: refletir significa, em rigor, separar, dividir, ou, para utilizar um léxico condizente com a física, provocar o retorno de um determinado feixe fazendo-o incidir sobre uma superfície que o isola de um outro meio. Para aquilo que nos importa, basta lembrar que tal retorno equivale à volta do pensamento sobre si mesmo, momento em que, ao separar os objetos de suas respectivas intuições, o ser humano põe-se em contradição com o mundo exterior e dá, como dizia Schelling, “o primeiro passo em direção à filosofia”.
II- Sócrates pretende nos levar no diálogo Hípias Maior, momento em que, a contrapelo do sofista, torna operatória a distinção conceitual entre o Belo e os exemplos distintos de beleza. Pavimentado por um realismo imediato, o caminho trilhado pelo Hípias consiste em assinalar, mediante exemplos, diferentes candidatos à beleza: “Aquilo que é belo, Sócrates, para falar com toda verdade, é uma bela virgem” (PLATÃO, 1921, p.17). Ou ainda: “É com todo direito que o próprio deus declara as éguas belíssimas” (Id. ibid., p.17). Até mesmo um pote, quando fabricado por um bom oleiro, teria que ser reputado belo. Afinal: “Como denegar a beleza àquilo que é belo? - Isso é impossível, Sócrates” (Id. ibid., p.18). Mas, em vez de questionar a pertinência ou não de cada representação individual, Sócrates trata de inseri-las, por meio do método interrogativo, numa visão de conjunto segundo a qual a beleza “em si” não é evidente ao homem do senso comum, fazendo intervir uma reflexão que se instala noutro patamar.”
III- A presença objetiva da beleza seria atestada, apenas pelo olho e não pela alma, única capaz de isolar o que não pode ser mais isolado: aquilo pelo qual todas as coisas são levadas a parecerem belas, seja uma égua, uma virgem ou um belo pote. Suprassensível em seu fundamento, a bela Forma não estaria nem neste objeto nem naquele outro em particular, mas naquilo que já não pode ser considerado à parte depois de termos apartado tudo o mais, enfim, na abstração mesma do que os objetos têm de distintivo e singular.
Está(ão) CORRETO(S):