Para Guerra (2000), a instrumentalidade do Serviço Social po...
I. Da instrumentalidade do Serviço Social face ao projeto burguês. II. Da instrumentalidade das respostas profissionais. III. Do campo de mediação e instância de passagem.
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I. CORRETO. De acordo com Guerra (2000, p. 8), a instrumentalidade do Serviço Social pode ser pensada como uma condição sócio-histórica da profissão em três níveis: 1. da instrumentalidade do Serviço Social face ao projeto burguês, o que significa a capacidade que a profissão porta (dado ao caráter reformista e integrador das políticas sociais) de ser convertida em instrumento, em meio de manutenção da ordem, a serviço do projeto reformista da burguesia. Neste caso, dentro do projeto burguês de reformar conservando, o Estado lança mão de uma estratégia histórica de controle da ordem social, qual seja, as políticas sociais, e requisita um profissional para atuar no âmbito da sua operacionalização: os assistentes sociais. Este aspecto está vinculado a uma das funções que a ordem burguesa atribui à profissão: reproduzir as relações capitalistas de produção.
II. CORRETO. 2. da instrumentalidade das respostas profissionais, no que se refere à sua peculiaridade operatória, ao aspecto instrumental-operativo das respostas profissionais frente às demandas das classes, aspecto este que permite o reconhecimento social da profissão, dado que, por meio dele o Serviço Social pode responder às necessidades sociais que se traduzem (por meio de muitas mediações) em demandas (antagônicas) advindas do capital e do trabalho. Isto porque as diversas modalidades de intervenção profissional tem um caráter instrumental, dado pelas requisições que tanto as classes hegemônicas quanto as classes populares lhe fazem. Nesta condição, no que se refere às respostas profissionais, a instrumentalidade do exercício profissional expressa-se: 2.1. nas funções que lhe são requisitadas: executar, operacionalizar, implementar políticas sociais; a partir de pactos políticos em torno dos salários e dos empregos (do qual o fordismo é exemplar) melhor dizendo, no âmbito da reprodução da força de trabalho; 2.2. no horizonte do exercício profissional; 2.3. nas modalidades de intervenção que lhe são exigidas pelas demandas das classes sociais.
III. CORRETO. Mas a terceira condição da instrumentalidade é a de ser uma mediação. Se é verdade que a Instrumentalidade se insere no espaço do singular, do cotidiano, do imediato, também o é que ela, ao ser considerada como uma particularidade da profissão, dada por condições objetivas e subjetivas, e como tal sócio-históricas, pode ser concebida como campo de mediação e instância de passagem. Diferente disso, seria tomar a instrumentalidade apenas como singularidade, e como tal, um fim em si mesma, de modo que estaríamos desconhecendo suas possibilidades como particularidade. No cotidiano, como o espaço da instrumentalidade, imperam demandas de natureza instrumental. Nele, a relação meios e fins rompe-se e o que importa é que os indivíduos acionem os elementos necessários para alcançarem seus fins.
Estão corretas: E) I, II e III.
Gabarito da professora: E
Referência Bibliográfica
GUERRA, Yolanda. A instrumentalidade no trabalho do assistente social. publicado originalmente nos Cadernos do Programa de Capacitação Continuada para Assistentes Sociais, “Capacitação em Serviço Social e Política Social", Módulo 4: O trabalho do assistente social e as políticas sociais, CFESS/ABEPSS- UNB, em 2000.
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e
1.) da instrumentalidade do Serviço Social face ao projeto burguês.
2.) da instrumentalidade das respostas profissionais.
3,) 2.1, 2.2, 2.3
http://osocialemquestao.ser.puc-rio.br/media/OSocial27_Se%C3%A7%C3%A3o_Livre_Junc%C3%A11.pdf.
PÁG 8/9
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