... para esquecer o medo do trovão, as aparições e os milhar...

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Q950276 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.

    Contar histórias é o antecedente remoto da literatura, da história, das religiões e talvez, indiretamente, a locomotiva do progresso. A oralidade contribuiu de maneira decisiva para impulsionar a civilização da época das pinturas rupestres até a viagem dos homens às estrelas. Oralidade quer dizer pré-literatura, aquela que existia apenas graças à voz humana, antes que aparecesse a escrita.
    Os contos, as histórias inventadas, davam mais vida aos nossos ancestrais, tiravam homens e mulheres das prisões asfixiantes que eram suas vidas e os faziam viajar pelo espaço e pelo tempo e viver as vidas que não tinham nem nunca teriam em sua miúda e sucinta realidade. Sairmos de nós mesmos, sermos outros, graças à fantasia, nos entretém e enriquece. Mas, além disso, nos ensina como é pequeno o mundo real comparado com os mundos que somos capazes de fantasiar, e deste modo nos incita a agir para transformar nossos sonhos em realidade. O progresso nasceu assim, da insatisfação e do mal-estar com o mundo real que inspirava nos humanos a mesma ficção que os deleitava.
    As histórias que inventamos constituem a vida secreta de todas as sociedades, aquela dimensão da existência que, embora nunca tenha tido chance de se realizar, foi de alguma forma vivida pelos seres humanos, na incerta realidade dos desejos, fantasias, pesadelos e invenções, de toda essa projeção da vida que não tivemos e por isso devemos inventá-la. Ela existiu sempre na memória das gentes, mas só a escrita a fixou e lhe deu permanência, muitos séculos depois de que nascesse, ao redor das fogueiras, quando nossos antepassados contavam-se histórias à noite para esquecer o medo do trovão, as aparições e os milhares de perigos que os espreitavam em qualquer parte.

(Adaptado de VARGAS LLOSA, Mario. Disponível em: www.brasil.elpais.com)
... para esquecer o medo do trovão, as aparições e os milhares de perigos... (último parágrafo)
No contexto, o segmento acima assinala noção de
Alternativas

Gabarito comentado

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A questão requer conhecimento das orações subordinadas adverbiais reduzidas.

No trecho “... para esquecer o medo do trovão, as aparições e os milhares de perigos..." (último parágrafo), há a preposição para denotando valor de finalidade. Essa oração é classificada como oração subordinada adverbial final reduzida de particípio, tendo em vista que não apresenta conjunção, e sim uma preposição, e o verbo “esquecer" não está conjugado, veio em forma de infinitivo. Logo, a alternativa que corresponde ao contexto é a (E).


 Gabarito do professor: Letra E.

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Comentários

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errei essa questão na prova de domingo. :|

LETRA E

AO + INFINITIVO = TEMPO

POR + INFINITIVO = CAUSA.

PARA + INFINITIVO = FINALIDADE.

A + INIFINITIVO = CONDIÇÃO.

APESAR DE + INFINITIVO = CONCESSÃO.

Fonte: Prof: Rosi Viana.

Gabarito E


na maioria das vezes a preposição PARA dar ideia de finalidade.


para( com a finalidade de) esquecer o medo do trovão, as aparições e os milhares de perigos.

Finais= para que, a fim de que, porque, com fim que, por

para = finalidade

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