A oralidade contribuiu de maneira decisiva para impulsionar...

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Q950279 Português
Atenção: Considere o texto abaixo para responder à questão.

    Contar histórias é o antecedente remoto da literatura, da história, das religiões e talvez, indiretamente, a locomotiva do progresso. A oralidade contribuiu de maneira decisiva para impulsionar a civilização da época das pinturas rupestres até a viagem dos homens às estrelas. Oralidade quer dizer pré-literatura, aquela que existia apenas graças à voz humana, antes que aparecesse a escrita.
    Os contos, as histórias inventadas, davam mais vida aos nossos ancestrais, tiravam homens e mulheres das prisões asfixiantes que eram suas vidas e os faziam viajar pelo espaço e pelo tempo e viver as vidas que não tinham nem nunca teriam em sua miúda e sucinta realidade. Sairmos de nós mesmos, sermos outros, graças à fantasia, nos entretém e enriquece. Mas, além disso, nos ensina como é pequeno o mundo real comparado com os mundos que somos capazes de fantasiar, e deste modo nos incita a agir para transformar nossos sonhos em realidade. O progresso nasceu assim, da insatisfação e do mal-estar com o mundo real que inspirava nos humanos a mesma ficção que os deleitava.
    As histórias que inventamos constituem a vida secreta de todas as sociedades, aquela dimensão da existência que, embora nunca tenha tido chance de se realizar, foi de alguma forma vivida pelos seres humanos, na incerta realidade dos desejos, fantasias, pesadelos e invenções, de toda essa projeção da vida que não tivemos e por isso devemos inventá-la. Ela existiu sempre na memória das gentes, mas só a escrita a fixou e lhe deu permanência, muitos séculos depois de que nascesse, ao redor das fogueiras, quando nossos antepassados contavam-se histórias à noite para esquecer o medo do trovão, as aparições e os milhares de perigos que os espreitavam em qualquer parte.

(Adaptado de VARGAS LLOSA, Mario. Disponível em: www.brasil.elpais.com)
A oralidade contribuiu de maneira decisiva para impulsionar a civilização da época das pinturas rupestres até a viagem dos homens às estrelas. Oralidade quer dizer pré-literatura, aquela que existia apenas graças à voz humana [...] (1o parágrafo)
As frases acima estão articuladas com correção em um só período em:
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O pronome relativo cujo(a), e suas variações no plural, deve ser precedido e sucedido de substantivos. Por isso, a forma usada na alternativa D está incorreta.

Gabarito - E

 

Além dos erros semânticos, há, também, alguns erros na norma padrão culta, vejam:

 

a) Contribuiu de maneira decisiva, para impulsionar a civilização da época das pinturas rupestres até a viagem dos homens às estrelas; a oralidade, à qual quer dizer pré-literatura, que existia apenas devido à voz humana.

 

→ Crase indevida, tendo em vista que não há nenhum termo regendo a preposição "a".

 

b) A oralidade, onde contribuiu de maneira decisiva, para impulsionar a civilização da época das pinturas rupestres até a viagem dos homens às estrelas quer dizer pré-literatura: existia apenas graças à voz humana. 

 

→ O termo "onde" só pode ser usado para retomar lugares fixos. Ex.: Sérgio foi à casa, onde estuda.

 

c) Existia graças apenas à voz humana a oralidade, à qual contribuiu de maneira decisiva para impulsionar a civilização da época das pinturas rupestres até a viagem dos homens às estrelas: oralidade quer dizer pré-literatura. 

 

→ Crase indevida, tendo em vista que não há nenhum termo regendo a preposição "a".

 

d) Contribuindo, de maneira decisiva, para impulsionar a civilização _ da época das pinturas rupestres à viagem dos homens às estrelas, a oralidade quer dizer pré-literatura, cuja existia graças à voz humana apenas.

 

→ Não cabe vírgula separando um termo do seu complemento nominal.

→ A família dos "cujos" deve, em regra, ficar entre substantivos, não entre verbos.

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Alguém pode me dizer se a vírgula logo após o travessão poderia ser suprimida?

Michelle Moraes, existem casos em que a vírgula não pode ser suprimida. Eu errei a questão, mas observando melhor, pelo que eu entendi, antes daquela vírgula posposta ao travessão temos uma oração subordinada adjetiva explicativa, que explica o que é 'oralidade', mas dentro dessa explicação existe outra explicação, sobre pré-literatura, que é isolada por travessões. A vírgula que aparece depois dele isola a oração explicativa de "oralidade", incluindo o próprio travessão.


Acredito que seja isso, mas a vírgula após travessão pode sim ocorrer.

Meu coração gelou diante da vírgula após o travessão... mas nesses casos, melhor rogar pra que as outras tenham erros gritantes. Foi o caso da questão. Leia baixinho na prova... com calma e verá que o travessão sozinho não dá sonoridade a frase. A vírgula logo depois, serviu pra deixar mais elegante.

Desejo a todos que em 2019 as questões menos erradas saltem aos nossos olhos... enchendo-nos de credulidade quanto ao gabarito.

Um abraço bem apertado em todos os concurseiros que estão pensando em desistir... falta pouco pra vitória!

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