Com base em autores do serviço social, existe a discussão d...
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Alternativa Correta: B - O profissional de serviço social mantém relativa independência na definição de suas prioridades e das formas de execução de seu trabalho, uma vez que o controle sobre suas atividades não se equipara ao controle sobre um operário na linha de produção.
Tema Central da Questão: A questão aborda a relação entre a autonomia do assistente social e as condições de trabalho impostas pela instituição empregadora. Este tema é fundamental no estudo da prática profissional do serviço social, pois destaca o equilíbrio entre a autonomia do profissional e as demandas institucionais.
Resumo Teórico: No serviço social, os profissionais são frequentemente desafiados a equilibrar suas capacidades criativas e autonomia com as diretrizes e limitações impostas pelas instituições onde trabalham. Como mencionado no Código de Ética do Assistente Social, o profissional deve realizar suas atividades com liberdade e responsabilidade, respeitando os princípios éticos e a legislação vigente, mas sempre considerando as condições institucionais.
Justificativa da Alternativa Correta: A alternativa B aponta corretamente que os assistentes sociais mantêm uma relativa independência na execução de seu trabalho, apesar das diretrizes institucionais. Isso se deve à natureza de sua atuação, que envolve julgamento profissional e a aplicação de conhecimentos específicos, diferentemente de atividades que demandam menor autonomia, como em uma linha de produção.
Análise das Alternativas Incorretas:
A. Esta alternativa sugere que a capacidade do profissional está totalmente submetida às condições de trabalho impostas pela empresa, o que não contempla a autonomia profissional essencial ao serviço social.
C. Afirmar que a ação criativa está sempre vinculada às condições de trabalho, independentemente do contrato, desconsidera situações em que o profissional pode ter mais liberdade para implementar suas estratégias.
D. Sugerir que o assistente social tem total autonomia não é preciso, uma vez que, mesmo com uma certa independência, ele ainda deve seguir normas e diretrizes institucionais.
E. Afirmar que as atividades são independentes da competência na leitura de processos sociais ignora a base do serviço social, que é justamente atuar a partir da compreensão dos contextos sociais e das relações estabelecidas.
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Comentários
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A intervenção do assistente social, embora disponha de autonomia técnica e ética, não organiza autonomamente o processo de trabalho em que se insere. A organização e o cotidiano da atividade profissional dependem das condições institucionais, o que implica em situar e apreender o trabalho do assistente social para além da vontade e do desempenho individual do profissional, para inseri-lo na totalidade das condições e relações sociais nas quais se realiza. O sujeito que trabalha não tem o poder de livremente estabelecer suas prioridades, seu modo de operar, acessar todos os recursos necessários, direcionar o trabalho exclusivamente segundo suas intenções, o que é comumente
denunciado como o “peso do poder institucional”. Simultaneamente, o assistente social tem como base social de sustentação de sua relativa autonomia -, e com ela a possibilidade de redirecionar o seu trabalho para rumos sociais distintos daqueles esperados pelos seus empregadores -, o próprio caráter contraditório das relações sociais. Ou seja, nelas se encontram interesses sociais e antagônicos que se
refratam no terreno institucional enquanto forças sociopolíticas em luta pela hegemonia e que podem ancorar politicamente o trabalho realizado.(IAMAMOTO, 2008, p. 422).
Serviço Social na Contemporaneidade.
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