Considerando as informações e a situação hipotética do caso ...
Alguns bens e serviços, por sua natureza, não podem ter sua oferta e procura determinadas pelas teorias clássicas da firma e do consumidor. Isso pode ocorrer por várias razões, como o fato de ser impossível impedir que um indivíduo desfrute do benefício trazido pelo bem ou serviço, mesmo que não tenha pagado por ele. Um exemplo típico é um farol, que ilumina as águas e o litoral ao redor de sua área. Mesmo que um fornecedor privado do serviço do farol cobrasse as embarcações que chegam ao porto pelo uso do serviço, outras embarcações que não aportam também se beneficiariam da iluminação do farol, porém sem pagar pelo preço do serviço.
Considerando as informações e a situação hipotética do caso do farol, julgue o item a seguir.
A falha de mercado descrita no caso do farol é a
externalidade negativa.
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Gabarito comentado
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"A falha de mercado descrita no caso do farol é a
Externalidades negativas ocorrem quando a ação de um agente econômico prejudica os demais ou a sociedade como um todo, gerando ineficiência. A falha de mercado descrita no caso do farol, por sua vez, trata-se do conceito de mercados incompletos (ou bens públicos).
Neste caso, o setor privado não tem interesse em realizar a oferta desses bens ou serviços porque não será remunerado ou será remunerado insuficientemente devido à presença dos "caronas", já que prevalece a característica da não-exclusividade (impossibilidade de impedir o acesso) descrita no enunciado. Por isso, a necessidade do governo ofertar tais bens ou serviços, direta ou indiretamente.
GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO.
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Comentários
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Em alguns casos, o consumo adicional de uma unidade por uma pessoa não afeta o consumo de terceiros.
Dessa forma, pessoas que não pagam pelo serviço ou produto podem utilizá-lo à vontade (free riders). Logo, os agentes privados passam a não ter nenhum interesse em investir nesse mercado. São exemplos disso a iluminação pública, a justiça, o policiamento e a segurança nacional.
A decisão de um agente econômico pode gerar indiretamente efeitos positivos ou negativos no bem-estar de uma terceira parte. Alguns exemplos disso são a emissão de poluentes (externalidade negativa) e criação de novas tecnologias (externalidade positiva).
Logo o serviço de farol é um serviço positivo no bem estar de terceiros, se ele não existisse no local do exemplo poderia provocar acidentes, o que seria uma externalidade negativa.
A falha de mercado apresentada é a de bem público. NÃO RIVAIS E NÃO EXCLUDENTES.
Não rival é quando o custo marginal é 0, ou seja, uma unidade a mais produzida é zero, o fato de uma pessoa a mais utilizar o bem é zero, por exemplo, um barco a mais utilizando a luz do farol, ou uma pessoa a mais utilizando a iluminação pública não aumenta o custo. Não excludente quando não é possível excluir o usuário por não pagar pelo uso do bem. O bem público é uma falha de mercado por causa do free rider (carona). Porque ninguém vai querer produzir o bem, porque as pessoas não vão querer pagar, porque não serão excluídas se não pagarem.
Uma externalidade negativa ?
Ocorre quando a produção ou o consumo de um bem ou serviço gera efeitos prejudiciais não compensados para terceiros que não estão diretamente envolvidos na transação. Em outras palavras, é um impacto adverso que uma atividade econômica tem sobre outras pessoas ou partes interessadas, sem que essas pessoas tenham consentido ou recebido compensação por esses efeitos prejudiciais.
Por exemplo, se uma fábrica aumenta sua produção e emite poluentes no ar, causando danos à saúde dos moradores próximos, esses danos representam uma externalidade negativa. Os moradores afetados sofrem os efeitos prejudiciais da poluição sem que a fábrica arque com os custos associados à saúde ou à limpeza do ar.
Logo a assertiva não está correta porque o farol não está gerando nenhum prejuízo a quem usufrui, muito pelo contrario, está sendo benéfico.
O benefício marginal SOCIAL é maior que o benefício marginal PRIVADO, o que caracteriza uma externalidade positiva
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