As diversas relações estabelecidas pelo ser humano direcion...

Alternativa Correta: D - pelo lugar que ocupa na divisão sócio-técnica do trabalho.

Tema Central: A questão aborda a instrumentalidade do Serviço Social, que diz respeito às diversas influências e determinações que moldam as práticas dos assistentes sociais. Essa instrumentalidade é fundamental para entender como os profissionais se inserem nas relações de trabalho e como essas relações são mediadas por fatores sociais e políticos.

Resumo Teórico: A instrumentalidade refere-se aos instrumentos técnicos e teóricos que os assistentes sociais utilizam em sua prática profissional. Segundo Iamamoto (2007), essa instrumentalidade é mediada por fatores como a divisão sócio-técnica do trabalho, que determina o papel e as funções dos profissionais na sociedade. Essa divisão implica que o assistente social ocupa um espaço específico no conjunto das forças produtivas e das relações sociais de produção.

Justificativa da Alternativa Correta: A opção D é a correta porque descreve precisamente como as relações profissionais dos assistentes sociais são influenciadas pela divisão sócio-técnica do trabalho. Essa divisão determina o local e o papel do assistente social nas estruturas institucionais e nas relações sociais, influenciando suas ações e mediações no trabalho.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - pela negociação das atividades econômicas e análise sistêmica deste processo: Esta alternativa está incorreta porque foca em aspectos de análise econômica e negociação, que não são diretamente determinantes das relações profissionais no Serviço Social.

B - pela instância onde se projeta na complexidade de interesses societais: Embora relevante, essa alternativa é muito vaga e não especifica a dinâmica concreta das relações de trabalho no Serviço Social, como a divisão sócio-técnica faz.

C - pela influência dos compromissos políticos do profissional em cada conjuntura: Essa opção destaca a importância dos compromissos políticos, o que é relevante, mas não é um determinante direto das relações profissionais em termos de instrumentalidade.

E - pelo planejamento individual, ampliando possibilidades de inserção no mercado de trabalho: Esta alternativa foca em estratégias individuais de inserção no mercado, mas não aborda a estrutura das relações de trabalho e a instrumentalidade do Serviço Social de forma mais ampla.

Conclusão: Compreender o lugar do assistente social na divisão sócio-técnica do trabalho é crucial para entender as relações profissionais e a instrumentalidade do Serviço Social. Essa abordagem fornece uma perspectiva clara sobre como as práticas profissionais são moldadas e influenciadas por fatores estruturais e sociais.

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Tendo em vista que o exercício profissional ocorre no seio do Estado burguês, as políticas sociais são desenhadas para viabilizar direitos de modo a manter o status quo — contribuir para a naturalização do trabalho assalariado e sua exploração implícita, pré-requisito para a reprodução dessa sociedade. Por outro lado, o compromisso ético-político assumido tensiona para outro polo: a emancipação humana. Para que esse compromisso se traduza em ações efetivas, há que se ter uma poderosa capacidade de compreensão do real e perceber nas causalidades dadas as contradições prenhes de possibilidades transgressoras. Para tal análise, a concepção do usuário enquanto “vítima do sistema” não contribui, já que, sob uma perspectiva fatalista, imobiliza o sujeito que não tem qualquer autonomia e poder de resposta às situações; tampouco o sujeito é o algoz de sua condição, o culpado por suas penúrias a quem deve ser reeducado, ressocializado. Cada um de nós é fruto do contexto histórico em que está inserido e das respostas que a ele dá, as alternativas que escolhe, os valores que pautam tais es‑ colhas e vão sendo materializados. Para compreender a natureza humana, não há afirmação mais radical que a de Marx de que o homem é síntese de suas relações sociais, objetiva e subjetivamente. A posição que ocupa na divisão social do trabalho configura as condições materiais de existência, e é nessa que os sujeitos fazem suas histórias e se constituem objetiva e subjetivamente.

http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n117/03.pdf