Após o contato com material biológico, o cirurgião-dentista ...

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Q26325 Odontologia
Ao final da realização de procedimento restaurador
em paciente com 25 anos de idade, sexo masculino, o
profissional percebeu que as luvas estavam rasgadas.
Após o contato com material biológico, o cirurgião-dentista deve
Alternativas

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O tema central da questão é a biossegurança no ambiente odontológico, particularmente no que diz respeito ao risco de exposição a agentes infecciosos durante procedimentos clínicos. A questão exige que o candidato compreenda quais medidas devem ser tomadas após uma possível exposição a materiais biológicos, como sangue ou secreções, especialmente em relação a doenças transmissíveis como o HIV.

A alternativa correta é a A - realizar testes para HIV, se o paciente tiver resultado positivo ou desconhecido. Este é o primeiro passo no protocolo de exposição ocupacional, onde é necessário avaliar o risco potencial de infecção pelo HIV, especialmente se o paciente é soropositivo ou desconhecido. O teste inicial ajuda a determinar se há necessidade de medidas adicionais, como profilaxia pós-exposição.

Vamos analisar as alternativas incorretas:

B - iniciar quimioprofilaxia antiretroviral 48 horas após o acidente. Esta alternativa está incorreta porque a quimioprofilaxia antiretroviral deve ser iniciada o mais rapidamente possível, de preferência dentro de 2 horas após a exposição, e não 48 horas depois.

C - ser imunizado contra hepatite C. Esta opção está incorreta porque não existe vacina para hepatite C. A imunização está disponível para hepatite A e B, mas não para hepatite C. A hepatite C requer monitoramento e possíveis tratamentos específicos se a infecção ocorrer.

D - ser imunizado contra rubéola. Esta alternativa não é relevante neste contexto, pois a rubéola não é uma preocupação típica em situações de exposição ocupacional a material biológico em odontologia. A imunização contra rubéola é geralmente parte do calendário vacinal rotineiro, não uma medida pós-exposição.

E - solicitar teste de sorologia HIV ao paciente. Embora pedir consentimento para testar o paciente possa ser parte do protocolo em certas situações, a prioridade é testar o profissional para determinar a necessidade de profilaxia. Solicitar testes ao paciente pode ser considerado, mas não é a ação inicial mais crítica.

Entender essas nuances ajuda o profissional a adotar as medidas mais adequadas para proteção pessoal e evitar a transmissão de infecções. Biossegurança é essencial para garantir um ambiente de trabalho seguro para todos os envolvidos.

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a letra "e" está incorreta? não entendi..

teste de sorologia ANTI-HIV

PROCEDIMENTOS RECOMENDADOS NOS CASOS DE EXPOSIÇÃO AOS MATERIAIS BIOLÓGICOS

5.1- CUIDADOS IMEDIATOS COM A ÁREA DE EXPOSIÇÃO Recomenda-se como primeira conduta, após a exposição a material biológico, os cuidados imediatos com a área atingida. Essas medidas incluem a lavagem exaustiva do local exposto com água e sabão nos casos de exposições percutâneas ou cutâneas. Utilização de soluções anti-sépticas degermantes é uma opção. Não expremer o local. Nas exposições de mucosas, deve-se lavar exaustivamente com água ou com solução salina fisiológica.

Procedimentos que aumentam a área exposta (cortes, injeções locais) e a utilização de soluções irritantes como éter, hipoclorito ou glutaraldeído são contra-indicados.

5.2- QUIMIOPROFILAXIA PARA O HIV

As principais evidências da quimioprofilaxia pós-exposição ocupacional (PEP) dos medicamentos antiretrovirais na redução da transmissão do HIV estão baseadas em:

• Estudo caso-controle, multicêntrico, envolvendo profissionais de saúde que tiveram exposições percutâneas com sangue sabidamente infectado pelo HIV (Tabela 1), no qual o uso do AZT foi associado a um efeito protetor de 81% (IC95% = 43 - 94%);

• Evidências com os protocolos de uso de anti-retrovirais para prevenção da transmissão vertical do HIV sugerindo um efeito protetor com o uso dos medicamentos pós-exposição;

• Dados de experimentos em animais, principalmente, após as recentes melhorias na metodologia de inoculação viral.

A quimioprofilaxia pós-exposição ao HIV é complexa, por englobar tanto a falta de dados mais precisos sobre o risco relativo de diferentes tipos de exposição (p.ex. risco de lesões superficiais x profundas, agulhas com lúmen x agulhas de sutura, exposição a sangue x outro material biológico), quanto o risco de toxicidade dos medicamentos anti-retrovirais.

Quando indicada, a PEP deverá ser iniciada o mais rápido possível, idealmente, nas primeiras horas após o acidente. Estudos em animais sugerem que a quimioprofilaxia não é eficaz, quando iniciada 24 a 48 e não após 48 hs

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