No descomeço era o verbo.Só depois é que veio o delírio do v...

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Q2043350 Português
No descomeço era o verbo. Só depois é que veio o delírio do verbo. O delírio do verbo estava no começo, lá onde a criança diz: Eu escuto a cor dos passarinhos...
BARROS, Manoel de. O livro das ignorãças. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1993.
O trecho destacado nos versos do poeta é um exemplo de
Alternativas

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Escutar: tem relação de sentido

D : Sinestesia

Sinestesia = Sentido.

A sinestesia é uma figura de linguagem que consiste na união de termos que expressam diferentes percepções sensoriais.

Observe as frases abaixo:

- Sua voz soava docemente pelo salão principal.

- A visão fria da morte tomava conta de todos.

- O cheiro doce da infância estava naquelas fotos.

Como você deve ter notado, as expressões em destaque constroem seu sentido relacionando diferentes elementos sensoriais. Veja:

- soava docemente (audição e paladar)

- visão frio (visão e paladar)

- cheiro doce (olfato e paladar)

Esse recurso estilístico é uma figura de palavra chamada sinestesia. Assim, definimos que:

Sinestesia: é uma figura de palavras na qual utilizamos, em uma mesma expressão, diferentes sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.

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Observe o uso dessa figura no primeiro verso do poema de Cecília Meireles:

Recordação

Agora, o cheiro áspero das flores

leva-me os olhos por dentro de suas pétalas.

(...)

- cheiro áspero (olfato e paladar)

Agora, analise mais alguns exemplos:

Dirigiu-me um comentário duro e amargo.

Já sinto o cheiro doce das férias.

sabor quente do seu amor nos unia.

https://www.portugues.com.br/gramatica/sinestesia.html

Sinestesia: confusão dos sentidos.

GABARITO: LETRA D

Sinestesia:

Ocorre quando há uma combinação de diversas impressões sensoriais (visuais, auditivas, olfativas, gustativas e táteis) entre si, e também entre as referidas sensações e sentimentos.

“O aroma (olfato) endoideceu, upou-se em cor (visão), quebrou / Gritam-me sons de cor e de perfumes (audição, visão, olfato).” (Mário de Sá Carneiro)

Sua voz aveludada (audição, tato) me tornou um de seus fãs.

O cheiro gostoso (olfato, paladar) daquela comida entrava por meu nariz como

um néctar divino.

FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.

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