Sobre as lesões tumorais benignas coloproctológicas, assina...

A Doença de Bowen é um carcinoma espinocelular intraepitelial e pertence ao grupo dos tumores ceratinizados da pele na margem anal. Tem crescimento rápido e evolui para carcinoma invasor em 80 a 90% dos doentes. É mais comum entre os 40 e 50 anos de idade e predomina no sexo masculino. Prurido é a queixa mais frequente, seguida de sangramento discreto e área endurecida notada pelo doente.

A papulose bowenoide caracteriza-se por múltiplas pequenas pápulas, de coloração que varia do róseo ao acastanhado-escuro, localizadas na margem anal. As lesões são semelhantes às da doença de Bowen, exceção feita à multiplicidade. Histologicamente é distinguível da doença de Bowen. Tem curso maligno e o tratamento deve ser feto com excisão ou destruição, à semelhança do indicado para os condilomas acuminados. 

O tumor de Buschke-Löwenstein (TBL), também conhecido como condiloma gigante, é considerado um carcinoma verrucoso. É causado predominantemente pelos tipos 33 e 35 do HPV. É apenas considerado invasor localmente, e as metástases para os linfonodos regionais são frequentes. A transformação maligna é relatada em 60% dos casos. O tratamento é cirúrgico, e a ressecção local é recomendada, mantendo as margens livres de doença residual.

O molusco contagioso é causado por um poxvírus transmitido por contato direto. Caracteriza-se por lesão indolor, arredondada, elevada e umbilicada, com 03mm de diâmetro. Apesar da doença ser benigna e autolimitada, o tratamento é feito para prevenir a progressão da doença e por razões estéticas ou higiênicas. Destruição por fenol, remoção cirúrgica, cauterização ou crioterapia são as modalidades terapêuticas escolhidas.