Na avaliação de criança de 3 anos com gagueira desenvolvime...
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Tema Central da Questão: A questão aborda a avaliação de gagueira desenvolvimental em crianças, especificamente a identificação de fatores que podem prever a cronicidade dessa condição. Compreender os preditores de cronicidade é crucial para intervenções precoces em fonoaudiologia, auxiliando no planejamento de tratamentos eficazes.
Resumo Teórico: A gagueira desenvolvimental é um distúrbio de fluência que geralmente se manifesta na infância. Caracteriza-se por disfluências como repetições, prolongamentos e bloqueios. A avaliação dos fatores que aumentam a probabilidade de a gagueira se tornar crônica é essencial para intervenção precoce. Segundo a literatura, o índice de disfluências atípicas, como prolongamentos e bloqueios, quando elevado, está associado à maior chance de permanência da gagueira. (Fonte: Yairi & Ambrose, "Early Childhood Stuttering")
Justificativa da Alternativa Correta: A alternativa D - O índice de disfluências atípicas supera 12% é a correta. Um índice elevado de disfluências atípicas em crianças de 3 anos é um forte preditor de que a gagueira pode se tornar crônica. Estudos indicam que crianças com uma alta frequência de disfluências atípicas têm mais chances de continuar a gaguejar ao longo da vida.
Análise das Alternativas Incorretas:
A - O tempo de duração dos bloqueios excede 2 segundos: Embora a duração dos bloqueios seja uma característica importante da gagueira, não é isoladamente um preditor confiável de cronicidade. Estudos sugerem que a frequência e o tipo de disfluências são mais significativos.
B - Há histórico familiar de gagueira persistente: O histórico familiar pode aumentar a probabilidade de uma criança desenvolver gagueira, mas não prediz diretamente a cronicidade da condição de gagueira desenvolvimental já presente.
C - Ocorre adaptação motora compensatória: Adaptações motoras são respostas à gagueira e não preditores de sua cronicidade. Elas ocorrem como tentativas de mitigar a disfluência, mas não indicam necessariamente que a condição se tornará crônica.
E - Existe comorbidade com tônus reduzido: Embora o tônus muscular possa afetar a fala, uma comorbidade como essa não é um preditor direto de cronicidade na gagueira, especialmente sem a presença de outros indicadores mais específicos.
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