A escolha da solução anestésica local no tratamento odontol...
Gabarito comentado
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A alternativa correta é a B - sua longa duração de ação anestésica.
Quando lidamos com pacientes grávidas, a escolha do anestésico local deve ser feita com cautela devido aos potenciais efeitos no feto e na mãe. A bupivacaína é um dos anestésicos locais que apresenta a maior ligação protéica, o que, em teoria, poderia torná-la uma escolha segura, pois menos droga livre estaria disponível para atravessar a placenta.
No entanto, a longa duração de ação da bupivacaína é um fator limitante. Em procedimentos odontológicos, uma ação prolongada pode aumentar o risco de efeitos adversos tanto para a mãe quanto para o feto. Esse é o motivo pelo qual a alternativa B é a correta. A duração prolongada pode ser desnecessária e até indesejável em tratamentos odontológicos durante a gravidez.
Agora, vejamos por que as outras alternativas estão incorretas:
A - rapidez de passagem pela placenta: Embora a passagem pela placenta seja um aspecto importante, a bupivacaína não é conhecida por ter uma rápida passagem placentária em comparação com outros anestésicos locais, o que não é o fator limitante mais significativo.
C - risco de metemoglobinemia no feto: A metemoglobinemia é uma condição associada a alguns anestésicos, como a prilocaína, mas não é comumente relacionada à bupivacaína.
D - sua lipossolubilidade: A lipossolubilidade influencia a potência e a capacidade de penetração dos tecidos, mas não é um fator limitante principal no contexto de segurança em gestantes.
E - agente vasoconstritor em sua composição: A bupivacaína geralmente é usada sem vasoconstritor em procedimentos onde se busca evitar efeitos sistêmicos amplificados, especialmente em gestantes.
Compreender as características dos anestésicos locais e como elas influenciam a prática clínica é essencial para tomar decisões seguras no tratamento de pacientes grávidas. Portanto, a longa duração da bupivacaína, destacada na alternativa B, é a principal limitação para seu uso em gestantes.
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Comentários
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o que tem a ver a duração com estar ou não grávida?
O importante fator a ser considerado em relação aos anestésicos locais é o grau de ligação do sal anestésico às proteínas plasmáticas na circulação materna. Quando um anestésico local é absorvido para o sangue materno, uma parte deste se liga às proteínas plasmáticas, restringindo sua passagem pela placenta, ou seja, o agente anestésico apenas atravessa a placenta quando na forma livre. Quanto maior o grau de ligação proteica, maior o grau de proteção ao feto.
Considerando-se a porcentagem de ligação proteica, a bupivacaína poderia ser o agente anestésico mais seguro para as gestantes. Entretanto, sua longa duração de ação anestésica (em média 6 a 7 horas), limita seu emprego em pacientes grávidas.
Uma vez na circulação do feto, a toxicidade dos anestésicos locais vai depender da quantidade de droga livre e da velocidade da metabolização. Como o sangue fetal apresenta quantidades menores de globulinas, a ligação com as proteínas é de apenas 50% daquela observada nos adultos. Como decorrência, tem-se mais anestésico livre na circulação.
no livro do little coloca o fator de longa duracao como algo possivelmente positivo pois evitaria o uso de analgesicos, respeitando o principio de evitar sempre q possivel o uso de medicamentos em gravidas
a referência da banca é o malamed paz
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