No tratamento das pericoronarites de terceiros molares mand...

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Q1121986 Odontologia
No tratamento das pericoronarites de terceiros molares mandibulares parcialmente erupcionados, o emprego de antimicrobianos por via sistêmica é frequente. Entretanto, estão somente indicados na presença de sinais de disseminação local ou manifestações sistêmicas do processo infeccioso, tais como:
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Alternativa Correta: A - trismo mandibular

Vamos entender por que a alternativa A é a correta. No tratamento de pericoronarite em terceiros molares mandibulares, frequentemente encontramos o uso de antimicrobianos apenas em situações de sinais de disseminação local ou manifestações sistêmicas. O trismo mandibular, que é a dificuldade ou incapacidade de abrir a boca normalmente, é um sinal de disseminação local da infecção. Isso ocorre devido ao envolvimento dos músculos mastigatórios, o que justifica a necessidade do uso de antimicrobianos para evitar que a infecção se espalhe ainda mais.

Agora, vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:

B - sangramento gengival: O sangramento gengival é um sinal comum de inflamação gengival, mas não necessariamente indica uma disseminação local ou manifestação sistêmica que justifique o uso de antimicrobianos.

C - mau hálito: O mau hálito pode ser um sintoma associado a uma série de condições orais, incluindo acúmulo de placa bacteriana e infecções localizadas, mas não é um sinal de disseminação local ou manifestação sistêmica grave.

D - dor irradiada: Embora a dor irradiada indique que a dor está se espalhando para áreas adjacentes, ela ainda não é um sinal direto de disseminação infecciosa ou manifestação sistêmica que exija o uso de antimicrobianos.

E - coloração vermelha intensa da gengiva: Esse é um sinal de inflamação, mas, por si só, não indica que a infecção tenha se espalhado além do local, nem que haja uma manifestação sistêmica.

O entendimento correto dos sinais que indicam a disseminação local ou manifestações sistêmicas é crucial para o uso adequado de antimicrobianos e para evitar a resistência antimicrobiana desnecessária.

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A resposta é trismo. As outras alternativas estão relacionadas com manifestações locais

Conduta Clínica para a pericoronarite

Pacientes que apresentem qualquer tipo de comprometimento sistêmico deverão receber profilaxia antibiótica antes de qualquer intervenção para evitar quadros de septicemia. A conduta clínica visa principalmente reduzir a contaminação e desobstruir o local, retirando cuidadosamente restos de matéria alba, cálculos e permitir o extravasamento do exsudato, com uso de instrumentos manuais ou ultra sônicos, em seguida deve-se irrigar com solução salina estéril, ou substância antimicrobianas como peróxido de hidrogênio ou digluconato de clorexidina. Como tratamento caseiro, o paciente pode ser orientado a fazer bochechos vigorosos com água morna sal para facilitar a drenagem. Deve-se orientar o paciente a insistir na higienização mesmo que dolorosa, e a fazer bochechos com digluconato de clorexidina 0,12% de 12/12 horas para controle químico de placa bacteriana.

A prescrição medicamentosa irá depender da severidade do caso e presença ou não de exsudato. Antibioticoterapia deve ser aliada a analgésicos e anti-inflamatórios para redução do trismo e quadro álgico. Algumas possibilidades de prescrição medicamentosa são, amoxicilina, associada ou não ao clavulanato de potássio ou metronidazol de 8/8 horas durante 7 dias. Para pacientes alérgicos pode-se prescrever Clindamicina de 6/6 horas durante 7 dias , ou ainda Azitromicina em dose única durante 3 dias. Após a melhora do quadro o paciente deverá ser instruído a retornar para extração do elemento dentário comprometido, ou se esse for ser mantido, melhorar as condições do tecido circundante. Casos extremos, onde o paciente demonstra dificuldade de deglutição e disfagia devem ser tratados em ambiente hospitalar para evitar asfixia e edema de glote.

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