Sobre o período: "Não acumulei mágoas nem rancores vis, ...
TEXTO 01
O texto abaixo servirá de base para responder a questão.
SERENIDADE E DISCRIÇÃO NA CALMARIA DA ALMA
(1o§) Optei pelo silêncio e me mantenho em silêncio. Parei de falar quando percebi que ninguém estava disposto a me ouvir. Daí, então, passei a me sentir mais tranquilo, não somente pelo silêncio da voz, mas pelo silêncio interior. Juntei os dois para entender os outros na forma incrível de falação.
(2o§) Optei pelo silêncio, pois vejo a importância de recatar o que eu sou no que sinto e naquilo que faço. O falar é a prata das emoções, enquanto o calar representa o ouro no peso do seu quilate, logo, tem maior valor.
(3o§) Parei de me importar quando silenciei, pois percebi que milhares de bobagens são desprezíveis para quem se ocupa com o que há de maior valor para os humanos. Parei de dar meu máximo para quem não me dava nem o mínimo. Parei de verdade!
(4o§) Optei pelo silêncio e me mantenho em silêncio. Simplesmente parei de dar meu melhor para as pessoas que não mereciam nem parte disso. Parei de me importar com aqueles que demonstraram viver bem sem meu carinho. Escolhi parar. Acredite! Saiba que foi a melhor escolha que eu poderia ter feito.
(5o§) Parei de me importar quando silenciei. Não acumulei mágoas nem rancores vis, porque está longe de mim guardar sentimentos amargos, por isso parei. Pare com a ideia de que não pode parar.
(6o§) Ao parar de escolher quem na verdade nunca me escolheu, comecei a refletir mais e a ouvir a voz do meu coração. Pare e reflita! Busque edificar sua sabedoria!
(https://www.pensador.com/frase/MTc4NzMzOQ/) - (Acesso 13.05.2021) (Texto adaptado) -
https://www.pensador.com/frase/MTc4NzMzOQ/
Sobre o período: "Não acumulei mágoas nem rancores vis, porque está longe de mim guardar sentimentos amargos, por isso parei. Pare com a ideia de que não pode parar", analise as informações seguintes:
I."Mágoas" e "rancores" remete o leitor à ideia emocional de dor, de tristeza.
II."Porque" é conjunção coordenativa explicativa, "vis" quer dizer que tem pouco valor, desprezíveis.
III.A expressão: "sentimentos amargos" exemplifica concordância nominal de substantivo com adjetivo, e exerce função sintática de objeto direto.
IV.O período: "Pare com a ideia de que não pode parar" está escrito com pleonasmo.
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CUIDADO
A questão possui gabarito incorreto.
A construção que importa a nossa análise está transcrita abaixo:
"Não acumulei mágoas nem rancores vis, porque está longe de mim guardar sentimentos amargos, por isso parei. Pare com a ideia de que não pode parar."
I. "Mágoas" e "rancores" remete o leitor à ideia emocional de dor, de tristeza.
Correta. Os substantivos elencados trazem em seu bojo semântico as ideias de dor e tristeza.
II. "Porque" é conjunção coordenativa explicativa, "vis" quer dizer que tem pouco valor, desprezíveis.
Incorreta. O termo "vis" tem seu significado corretamente apontado, mas a conjunção em comento é subordinativa causal, não coordenativa explicativa. Embora seja de difícil diferenciação, mesmo por parte da gramatica normativa, a construção em apreço é causal, o fato de estar longe de mim guardar sentimentos amargos, fez com que eu não acumulasse mágoas ou rancores vis.
As orações coordenadas explicativas possuem uma relação menos dependente, servindo a explicação para situações imperativas ou hipotéticas, nas quais não encontre espaço a relação causal concreta.
"Suba, porque quero te mostrar algo" - Temos uma ordem, a oração é explicativa, não há causa para a ordem, mas explicação que a embasa.
"Pedro é rico, porque sempre troca de carro" - Temos uma suposição, uma hipótese, a oração é explicativa, não há causa concreta, mas explicação que embasa uma possibilidade.
III. A expressão: "sentimentos amargos" exemplifica concordância nominal de substantivo com adjetivo, e exerce função sintática de objeto direto.
Correta. Embora fosse mais acertado falar em concordância do adjetivo com o substantivo, e não o contrário.
IV. O período: "Pare com a ideia de que não pode parar" está escrito com pleonasmo.
Incorreta.
Cuidado com os comentários da colega Produtos Ivone, que traz informação incorreta.
No pleonasmo, há a repetição, por vezes desnecessária ou viciosa, de termos ou conceitos da oração, fato não encontrado na presente construção. Munindo-se dos exemplos utilizados pela referida usuária:
"Médica, ela nunca o será" - Temos o predicativo do sujeito deslocado, de modo que a forma pronominal "o", que retoma o termo "médica", embora produza efeito de reforço e destaque, não é necessária.
"Quando com os olhos eu quis ver de perto..." - Aqui temos caso de repetição conceitual. Ao utilizarmos a forma verbal "ver", com sentido de enxergar, não é necessário utilizarmos o adjunto adverbial "com os olhos", este subentendido na forma verbal.
Na construção em tela não existe a figura do pleonasmo, mas um paradoxo: "pare com a ideia de não poder parar". O primeiro termo "parar" é verbo que expressa ordem ou conselho, enquanto o segundo é o verbo que descreve a ação a ser realizada ou evitada. O paradoxo advém da ideia de "para com achar que não pode parar".
Gabarito da banca na alternativa B
Gabarito correto ausente
Para os não Assinantes: Gabarito B
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