Você acaba de evoluir um paciente portador de HIV na sua uni...
Você acaba de evoluir um paciente portador de HIV na sua unidade de terapia intensiva. Vinha com resistência ao tratamento, sem uso de medicação antirretroviral há mais de um ano. Realizada contagem de CD4 na admissão, com resultado de 90 células/mm3. Também com sorologia IgG positiva para toxoplasmose.
Diante do resultado desses exames, assinale a alternativa CORRETA.
Gabarito comentado
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A alternativa correta é a B - Iniciar profilaxia primária para pneumocistose e neurotoxoplasmose.
Para resolver esta questão, é necessário ter um entendimento sobre as infecções oportunistas comuns em pacientes com HIV e o papel das contagens de células CD4 na decisão de iniciar a profilaxia para essas infecções.
Um paciente com HIV que tem uma contagem de células CD4 de 90 células/mm³ está em risco significativo para certas infecções oportunistas, especialmente quando não está em terapia antirretroviral, como no caso descrito. Vamos analisar cada uma das alternativas:
Alternativa A: "Não necessita de profilaxia primária para pneumocistose." Isso está incorreto porque a profilaxia para Pneumocystis jiroveci (anteriormente conhecido como Pneumocystis carinii) é indicada quando a contagem de CD4 é inferior a 200 células/mm³.
Alternativa B: "Iniciar profilaxia primária para pneumocistose e neurotoxoplasmose." Esta é a alternativa correta, pois a profilaxia para Pneumocystis é indicada abaixo de 200 células/mm³, e para Toxoplasmose, se o paciente tiver sorologia positiva para IgG (como no caso) e a contagem de CD4 estiver abaixo de 100 células/mm³, como aqui, onde está em 90 células/mm³.
Alternativa C: "Iniciar profilaxia primária micobacteriose (Complexo Mycobacterium avium)." Isso está incorreto porque a profilaxia para Mycobacterium avium é indicada quando a contagem de CD4 é inferior a 50 células/mm³, o que não é o caso aqui.
Alternativa D: "Iniciar profilaxia primária (Complexo Mycobacterium avium) e citomegalovirose." Esta alternativa está errada pelos mesmos motivos da alternativa C, e adicionar profilaxia para citomegalovirose requer ainda mais critérios específicos relacionados a sintomas ou outras complicações.
Alternativa E: "Iniciar profilaxia, apenas, para toxoplasmose." Incorreto, pois ignora a necessidade de profilaxia para pneumocistose, que é crucial devido à contagem de CD4 do paciente.
Compreender essas diretrizes de profilaxia é crucial para a prática clínica em infectologia e medicina intensiva. É importante garantir que pacientes imunocomprometidos estejam adequadamente protegidos contra infecções oportunistas.
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