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Q445169 Português
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                                                                       CIDADES CONTEMPORÂNEAS

                                                                      Roberto Catelli Junior, História em rede

    Conforme o censo demográfico 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografa e Estatística (IBGE), 84,3% da população brasileira vivia nas grandes cidades; em 2000, esse percentual era de 81,2%. Isso quer dizer que, no ano 2000, 137.670.088 brasileiros viviam nas cidades, enquanto em 2010 esse número chegava a mais de 160 milhões. Além disso, 775 municípios brasileiros possuíam mais de 90% de sua população vivendo em áreas urbanas.

     Em um passado não tão distante, entretanto, a situação era bastante diferente. Em 1940, apenas 31,4% dos brasileiros viviam em cidades; somente em 1970 a população urbana ultrapassou a rural. Dessa forma, só podemos falar na predominância da vida urbana no Brasil há poucas décadas, pois durante mais de quatrocentos anos predominou a vida agrícola.

    Outro fenômeno importante a ser observado é o crescimento acelerado da população brasileira. Estima-se que em 1550, no início da colonização do Brasil, havia cerca de 15 mil habitantes europeus e 5 milhões de indígenas. Em 1700, seriam 300 mil habitantes no total, já tendo sido exterminados muitos povos indígenas. Em 1872, a população passou para quase 10 milhões de habitantes; em 1900, era quase o dobro – mais de 17 milhões -, e, em 1920, atingia cerca de 30 milhões de habitantes. Em 1960, essa população já havia duplicado – mais de 70 milhões de habitantes -, o que se repetiu em 1991, chegando a mais de 145 milhões de habitantes. Em 2000, conforme o censo demográfico, o Brasil já tinha quase 170 milhões de brasileiros, e, em 2010, mais de 190 milhões de habitantes. Em 2009, segundo o Instituto Socioambiental (ISA), existiam, em contrapartida, cerca de 600 mil indígenas.

    O cientista americano Carl Sagan, em seu livro Bilhões e bilhões, de 1998, considera que, se as populações continuarem a crescer de forma exponencial, como vem ocorrendo nos últimos séculos, a população mundial poderá dobrar a cada quarenta anos, tornando pouco provável que nosso planeta possa garantir condições de sobrevivência a todos. No caso do Brasil, no século XX, a população aumentou quase nove vezes, dobrando a cada trinta ou quarenta anos. Caso continuemos nesse ritmo, seremos cerca de 300 milhões de brasileiros no ano 2040 e cerca de 600 milhões no ano 2080, com, provavelmente, mais de 90% dessa população vivendo nas cidades. Como seria, assim, nossa vida urbana?

Sabemos que os adjetivos, em sua grande parte, podem sofrer variação de grau; o único adjetivo sublinhado abaixo que admite essa alteração é:
Alternativas

Gabarito comentado

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Olá aluno! Vamos analisar a questão e entender por que a alternativa correta é a letra A.

A questão pede que identifiquemos o adjetivo sublinhado que admite variação de grau. Os adjetivos podem sofrer alteração de grau para indicar maior ou menor intensidade. Vamos analisar cada alternativa:

A - passado distante

O adjetivo distante admite variação de grau. Podemos dizer "muito distante" ou "distanteíssimo". Portanto, essa é a alternativa correta.

B - população europeia

O adjetivo europeia não admite variação de grau. Ele apenas indica origem ou procedência, não permitindo intensificação. Portanto, está incorreto.

C - censo demográfico

O adjetivo demográfico também não admite variação de grau. Ele descreve algo relacionado a demografia e não pode ser intensificado. Alternativa incorreta.

D - cientista americano

O adjetivo americano é similar ao adjetivo "europeia". Ele indica origem e, portanto, não admite variação de grau. Alternativa incorreta.

E - população mundial

O adjetivo mundial refere-se ao mundo todo, sem possibilidade de variação de grau. Não podemos dizer "mais mundial" ou "menos mundial". Alternativa incorreta.

Portanto, a alternativa correta é a letra A com o adjetivo distante, que admite variação de grau.

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Comentários

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Gabarito: Letra A.
Exemplo de variação de grau para esse adjetivo:
Mais distante, menos distante, tão distante quanto...

Pela semântica, letra A

Olhei todas as alternativas e observei que 5 tinham o mesmo sentido,e a única diferente era a alternativa A.Não lembrava de variação de grau...

do item B ao item E, temos adjetivos de RELAÇÃO, que não podem ser flexionados em grau. Por este motivo, o item correto é a letra A, no qual o adjetivo DISTANTE, permite flexão em Grau.

A) Passado muito distante

B) População muito europeia

C) Censo muito demográfico

D) Cientista muito americano

E) População muito mundial

O "muito" irá ajudar você a descobrir quais frases podem sofrer variação de grau.

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