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Q893306 Economia
    Rio de Janeiro — Marcada por protestos e imbróglio judicial, a privatização da Companhia Estadual de Águas e Esgotos (CEDAE) ainda depende de comprador. Trata-se do principal ativo do Rio de Janeiro a ser repassado à iniciativa privada em 2018. Empresa de economia mista, com sede na capital fluminense, a CEDAE tem como acionista majoritário o governo do estado do Rio de Janeiro. Presente em 64 dos 92 municípios, ela presta serviços de fornecimento de água potável, de coleta, tratamento e disposição final de esgotos. A venda do ativo foi estabelecida como uma das condições de entrada do Rio de Janeiro no regime de recuperação fiscal proposto pela União. Com a privatização da companhia, o governo espera arrecadar R$ 3,5 bilhões.

G1, 30/1/2018 (com adaptações)

Considerando o texto precedente como referência inicial, julgue o seguinte item.


O serviço público de saneamento básico prestado pela CEDAE, em caso de privatização, deixará de ser de titularidade do estado do Rio de Janeiro. Nesse caso, o estado passará a atuar como poder regulador, com a obrigação de zelar para que o serviço seja prestado pelo concessionário privado de forma adequada e por preço justo.

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Questão sobre prestação de serviços públicos e privatizações, tema de Economia do Setor Público e, também, Direito Administrativo. Vamos analisar a proposição por partes:

"O serviço público de saneamento básico prestado pela CEDAE, em caso de privatização, deixará de ser de titularidade do estado do Rio de Janeiro."

A titularidade do serviço público não deixa de ser do ente público, somente há a concessão da prestação do serviço a um terceiro do setor privado. Dessa forma, em um segundo momento, poderá até, eventualmente, ocorrer a transferência da prestação do serviço para outro terceiro, ou seja, uma nova concessão feita pelo titular, por direito, do serviço público, o estado do Rio de Janeiro.

"Nesse caso, o estado passará a atuar como poder regulador, com a obrigação de zelar para que o serviço seja prestado pelo concessionário privado de forma adequada e por preço justo."

Aqui, nenhum erro. De fato, o governo estadual deverá trocar de funções econômicas com a privatização, isto é, da alocativa para a reguladora. Em casos extremos de descumprimento das obrigações, o estado do Rio de Janeiro pode, inclusive, promover a encampação do serviço público.

GABARITO DO PROFESSOR: ERRADO.

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Comentários

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Não acho que o erro tenha sido o mencionado pelo João, mas sim o fato de que independentemente da privatização ou não o Estado já tem a função de atuar como poder regulador e zelar para que o serviço seja prestado de forma adequada e por preço justo e n"ao passará a ter como está escrito na questão. Mas tenho que concordar a Cespe está criativa...

1 - O que é privatizado é a empresa e não "o serviço de saneamento". O estado pode conceder a quem ele quiser a prestação do serviço, mesmo após ter privatizado a empresa. (aqui está o ERRO da assertiva)

 

2 - Se a empresa é pública e presta um serviço público, o mais correto é se falar em estado produtor/fornecedor do serviço. O estado passa a ser Regulador quando privatiza ou faz concessão de um serviço a terceiro. (óbvio que ele se auto-fiscaliza, no primeiro caso, mas não é esse o significado da distinção entre estado regulador x estador produtor).

 

Posso estar errado, evidentemente, mas no meu entendimento seria isso.

Errado.


Privatização por meio de venda > o controle (não o serviço) muda de mão, do poder público para o privado.

Titularidade

A titularidade do serviço de saneamento básico em regra é dos municípios, exceto quando for de interesse comum (regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões), que será em conjunto com o Estado. Dito isso, não há o que se falar em perder a titularidade em caso de privatização, pois não há titularidade na prestação do serviço de Saneamento Básico, de forma prioritária, do Estado do Rio de Janeiro.

Gabarito: Errado

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