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Q1194318 Português
Nunca fomos tão fúteis e solitários como nos dias atuais
No mundo moderno, somos livres como jamais fomos. Podemos fazer quase tudo que queremos e com um simples toque no mouse, somos capazes de comprar, fazer amizades e encontrar a nossa "alma gêmea". Nos sites de relacionamento, escolhemos a pessoa amada através de uma simples foto com vários efeitos especiais. Não podemos generalizar, mas podemos afirmar que não temos mais a oportunidade de conhecer as pessoas internamente, contamos muito com a beleza física do outro e simplesmente esquecemos de ver os indivíduos por dentro. Preferimos "falar" sobre tudo pelas mensagens de texto. Quem nunca falou sobre sexo, intimidade ou futuro? As redes sociais unem e, ao mesmo tempo, afastam as pessoas. Quando amigos virtuais se encontram pela primeira vez, sentem-se completamente envergonhados ou sem assunto. Podemos ter as redes sociais "bombando", fotos com mil curtidas por segundo, milhares de compartilhamentos. Mas o que ganhamos com isso, além de uma autoestima mais elevada? Parece brincadeira, mas trocamos nossas famílias, nossos domingos em que todos comiam juntos, não passeamos mais na praça nos finais de tarde e muito menos sentimos a mão suada e coração palpitando em ver a pessoa amada. Trocamos nossas vidas, nossos sentimentos e nos apegamos a um simples objeto. Uns custam caros, outros baratos, mas não deixam de ser um telefone celular. Como diz nosso amigo e inteligentíssimo Bauman: "É um erro acreditar que a experiência de se relacionar superficialmente irá gerar experiência para um relacionamento duradouro". Creio que nunca fomos tão fúteis e solitários como nos dias atuais. A cada dia que passa, mais pessoas estão com a tão temida depressão, ansiedade e o terror chamado síndrome do pânico. Espero que não sejamos escravos da tecnologia - ou já somos?
http://noticias.uol.com.br/opiniao/coluna/
A palavra “autoestima” está de acordo com a nova regra de emprego ou não do hífen. A mesma regra se aplica à palavra:
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