O monitoramento dos transcritos do gene BCR/ABL1 desse paci...

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Ano: 2020 Banca: IADES Órgão: SES-DF Prova: IADES - 2020 - SES-DF - Oncologia Pediátrica |
Q1686243 Medicina
Um homem de 28 anos de idade, hígido, apresentou fadiga, petéquias em membros inferiores e febre diária. Os exames laboratoriais verificaram contagem de leucócitos de 153 × 109 /L (VR = 4 a 12 x 109 /L) com 60% de blastos; hemoglobina = 9,7 g/dL (VR = 12 g/dL a 14 g/dL); e contagem de plaquetas = 26 × 109 /L (VR = 150 a 450 x 10 9 /L). O mielograma foi compatível com o diagnóstico de leucemia linfoblástica aguda (LLA de células B) e a reação em cadeia da polimerase transcriptase reversa (RT-PCR) positivo para a presença de BCR/ABL1 (codificando para uma proteína de 210 kDa). A análise citogenética mostrou t (9; 22) (q34; q11.2) em 20 metáfases.


Acerca desse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos médicos correlatos, julgue os itens a seguir. 
O monitoramento dos transcritos do gene BCR/ABL1 desse paciente é necessário durante todo o tratamento, como definidor de interrupção terapêutica.
Alternativas

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Vamos analisar a questão apresentada, que aborda um caso clínico de um paciente com leucemia linfoblástica aguda (LLA) de células B, com presença do gene de fusão BCR/ABL1 e translocação t(9;22), também conhecida como cromossomo Philadélfia.

O enunciado propõe avaliar a necessidade de monitorar os transcritos do gene BCR/ABL1 como definidor de interrupção terapêutica.

Gabarito: E (Errado)

**Justificativa:**

No tratamento da leucemia linfoblástica aguda associada ao cromossomo de Philadélfia, o monitoramento dos transcritos do gene BCR/ABL1 é importante para avaliar a resposta ao tratamento e detectar recaídas precocemente. Contudo, ele não é utilizado como critério único para interrupção terapêutica.

Em vez disso, o monitoramento contínuo é essencial para ajustar o tratamento em curso e garantir que o paciente continua a responder à terapia. A interrupção do tratamento geralmente é baseada em uma combinação de fatores, incluindo a resposta clínica e laboratorial completa e sustentada, e não apenas nos níveis de transcritos do BCR/ABL1.

Alternativa correta: A alternativa "E" é a correta porque o monitoramento serve para avaliar a eficácia do tratamento e não especificamente para interrompê-lo.

Alternativa incorreta: "C" seria incorreta, pois implicaria que o monitoramento dos transcritos define diretamente a interrupção do tratamento, o que não é o caso.

Os alunos devem atentar-se ao fato de que, em oncologia, as decisões terapêuticas são complexas e baseadas em múltiplos fatores, não apenas em um único parâmetro laboratorial.

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A afirmativa está correta. O monitoramento dos transcritos do gene BCR/ABL1 é de fato necessário durante todo o tratamento de pacientes com leucemia linfoblástica aguda (LLA). O gene BCR/ABL1 resulta de uma translocação genética, que é uma característica da LLA e leucemia mieloide crônica (LMC). A presença desse gene em células de leucemia indica uma forma mais agressiva da doença que necessita de um tratamento mais intensivo. O nível desse gene no sangue do paciente é um importante indicador do progresso do tratamento. Se o nível deste gene diminuir, isso indica que o tratamento está funcionando. Se o nível aumentar ou permanecer elevado, isso pode indicar que o tratamento não está sendo eficaz e que uma mudança na terapêutica pode ser necessária. Portanto, monitorar o gene BCR/ABL1 é essencial para guiar o tratamento e determinar quando a terapia pode ser interrompida.

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