“Pelo que se apurou nas infindáveis sessões do Supremo Trib...
A causa e o efeito
1 Pedindo vênia aos doutos ministros do Supremo Tribunal Federal que gastaram muito latim para julgar os réus do mensalão, vou gastar o meu pouco latim, que aprendi na lógica de Aristóteles em versão escolástica de Tomás de Aquino:
4 "Posita causa, positur effectus; variata causa, variatur effectus; sublata causa, tollitur effectus." O latim é macarrônico demais, não precisaria de tradução, mas aí vai: pondo, variando ou eliminando a causa, põe-se, varia-se ou elimina-se o efeito.
7 O efeito, até agora, foi a prisão de alguns dos condenados do mensalão, mas a causa não foi a corrupção pessoal dos autores materiais dos diversos crimes cuja causa seria o fortalecimento do governo petista, que mantém uma perspectiva operacional de permanecer 20 anos no poder.
11 Resumindo: mais uma vez, a causa de tantos crimes foi o poder, o poder em si mesmo, autor intelectual de uma vasta rede de corrupção em diferentes níveis.
13 Pelo que se apurou nas infindáveis sessões do Supremo Tribunal Federal, chegou-se a um "capo di tutti i capi" na pessoa simpática e já histórica de José Dirceu, que ocupava a sala ao lado de outra sala, por sinal, mais poderosa e da qual emanava o combustível que mantinha a engrenagem funcionando.
17 Do ponto de vista jurídico, a justiça parece que foi feita, em que pesem pequenos ajustes nas penas e até mesmo na mecânica dos crimes.
19 Do ponto de vista filosófico, o "quid prodest" que foi a causa da corrupção generalizada, a Justiça chegou até onde podia chegar, funcionários de média ou grande importância, não ultrapassando os limites que poderiam gerar uma grave e até mesmo sangrenta crise institucional.
Carlos Heitor Cony
Extraído
de:http://www1.folha.uol.com.br/colunas/carlosheitorcony/2013/ 11/1373203-a-causa-e-o-efeito.shtml
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A questão apresentada aborda o tema da ortografia, mais especificamente o uso do acento gráfico em palavras paroxítonas. A palavra "infindáveis" é uma paroxítona terminada em ditongo, que recebe acento por essa razão.
Vamos analisar cada alternativa para entender por que "Júris" é a escolha correta:
A - Júris: A palavra "Júris" é acentuada por ser uma paroxítona terminada em "i", que, neste caso, é uma vogal tônica seguida de "s". Assim como "infindáveis", "Júris" é acentuada por seguir a regra das palavras paroxítonas. Portanto, esta é a alternativa correta.
B - Histórica: "Histórica" é acentuada por ser uma proparoxítona, ou seja, a antepenúltima sílaba é tônica. Esta regra é diferente da aplicada a "infindáveis", que é paroxítona.
C - Jurídico: Semelhante a "Histórica", "Jurídico" é uma proparoxítona. Todas as proparoxítonas são acentuadas, mas a razão do acento é diferente da de "infindáveis".
D - Filosófico: Novamente, "Filosófico" é uma proparoxítona, acentuada por ter a antepenúltima sílaba tônica. Isso não se aplica à regra de acentuação de "infindáveis".
Portanto, a alternativa A - Júris é a correta, pois compartilha a mesma regra de acentuação por ser uma palavra paroxítona que termina em uma vogal tônica seguida de "s".
Ao enfrentar questões de ortografia, é importante lembrar das regras básicas de acentuação das palavras paroxítonas, proparoxítonas e oxítonas para auxiliar na escolha da alternativa correta.
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Damos o nome de paroxítonas às palavras em que a penúltima sílaba é tônica, isto é, deve ser pronunciada mais fortemente que as outras, como estéril (es-té-ril), fácil (fá-cil), caráter (ca-rá-ter) e cidade (ci-da-de). Entretanto, a sílaba tônica nem sempre será acentuada.
http://www.acrobatadasletras.com.br/2013/04/palavras-paroxitonas.html
paroxitonas termindas em "S"
Alternativa (a)
Jú-ris = paroxítona terminadas em em "is"
In-fin-dá-veis = paroxítona terminadas em em "is"
Patricia D, a regra é "paroxítona terminada em ditondo crescente;semi-vogal( i , u)+ vogal(a, e, o)"
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