Paciente de 56 anos, hipertenso e diabético, iniciou quadro ...

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Q2626292 Medicina

Paciente de 56 anos, hipertenso e diabético, iniciou quadro de palpitações há 2 horas, após esforço físico moderado e que, inicialmente, não apresentava dispneia, dor torácica, alteração de sensório. Compareceu ao pronto-socorro, sendo triado logo para a sala de emergência por queixa de dor torácica. Exame físico: regular estado geral, corado, hidratado, acianótico. Sinais vitais com pressão arterial de 80 x 50 mmHg, oximetria de 96% em ar ambiente, afebril e frequência respiratória de 30 incursões respiratórias por minuto. Na sala de emergência, realizou-se um eletrocardiograma e visualizada frequência cardíaca de 180 batimentos por minuto, com complexo QRS regular e estreito, ausência de onda P precedendo o complexo QRS, presença de pseudo-S em D2 e pseudo-r’ em V1. Qual é a conduta neste momento, além de monitorização e demais suportes clínicos rotineiros?

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A alternativa correta é C - Cardioversão elétrica.

Vamos analisar o cenário clínico apresentado: o paciente é hipertenso e diabético, com um início recente de palpitações e pressão arterial baixa (80 x 50 mmHg). O eletrocardiograma mostra uma frequência cardíaca elevada de 180 batimentos por minuto, com características de taquicardia supraventricular, como o complexo QRS estreito e regular, ausência da onda P antes do QRS, e presença de pseudo-S em D2 e pseudo-r’ em V1.

Nesse contexto, a presença de hipotensão significativa é um sinal de instabilidade hemodinâmica. Em situações de instabilidade, a recomendação é a cardioversão elétrica, que é a intervenção mais rápida e eficaz para restaurar o ritmo cardíaco normal.

Agora, vamos entender por que as outras alternativas estão incorretas:

  • A - Adenosina: Embora a adenosina seja usada para tratar taquicardias supraventriculares, ela é indicada em pacientes hemodinamicamente estáveis. Diante de instabilidade, a cardioversão elétrica é preferida.
  • B - Desfibrilação: A desfibrilação é usada em casos de arritmias sem pulso, como fibrilação ventricular ou taquicardia ventricular sem pulso. Este paciente apresenta uma taquicardia supraventricular com pulso.
  • D - Amiodarona: Geralmente usada para arritmias ventriculares ou para controle de frequência em taquiarritmias, a amiodarona não é a primeira escolha em uma situação de taquicardia supraventricular com instabilidade hemodinâmica.
  • E - Manobra de Valsalva modificada: É uma técnica não invasiva para tentar reverter taquicardias supraventriculares em pacientes estáveis. Com a instabilidade apresentada, tal manobra não é apropriada.

Entender as indicações corretas para cada tratamento em situações de emergência é fundamental para a prática clínica segura e eficiente. Neste caso, a cardioversão elétrica é a intervenção adequada para este paciente com sinais de instabilidade hemodinâmica.

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