Em relação aos riscos e benefícios de uma cesariana programa...

A alternativa correta para a questão é a C: "as instituições de saúde devem ter resguardada sua autonomia em relação à aceitação (ou não) da assistência ao parto vaginal após duas cesarianas".

Análise da Alternativa Correta:

C - Nesta alternativa, reconhece-se a autonomia das instituições de saúde para decidir sobre a viabilidade e segurança de um parto vaginal após duas cesarianas anteriores. Isso é relevante porque envolve a avaliação de risco personalizado para cada paciente, considerando recursos, experiências e protocolos institucionais. Este é um ponto importante na prática clínica, pois as decisões são tomadas com base em normas de segurança e diretrizes de saúde.

Comentários sobre as Alternativas Incorretas:

A - A afirmação de que a cesariana é recomendada em mulheres com duas ou mais cesarianas prévias não é absoluta. Embora o risco de complicações, como a ruptura uterina, seja maior com múltiplas cesarianas, a decisão deve ser individualizada, e algumas mulheres podem ser candidatas ao parto vaginal após análise cuidadosa.

B - Recomendar trabalho de parto e parto vaginal para mulheres com cicatriz uterina longitudinal de cesariana anterior é arriscado. Esse tipo de cicatriz (incisão clássica) tem maior risco de ruptura uterina durante o trabalho de parto, sendo geralmente contraindicado tentar parto vaginal nessas situações.

D - A questão afirma que o risco de ruptura uterina é "alto" com o parto vaginal após cesariana prévia, o que não é preciso em todos os casos. O risco de ruptura uterina é maior comparado a mulheres sem cesariana anterior, mas não é considerado "alto" a ponto de contraindicar de forma absoluta o parto vaginal após uma única cesariana prévia, especialmente com uma incisão transversal baixa.

Entender os riscos e benefícios do parto vaginal após cesariana (PVAC) envolve considerar fatores como o tipo de incisão uterina, o número de cesarianas anteriores, a presença de complicações e a experiência da equipe de saúde. Cada caso deve ser avaliado individualmente, respeitando as diretrizes de segurança e a autonomia da mulher.

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