Em ‘abrangente’ (L.4), ‘estilingue’ (L.12) e ‘grande bazuca’...
1 Eram 4 da manhã no edifício Justus Lipsius, em O risco da morte prematura. In: CartaCapital, 9/11/2011 (com adaptações).
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Mas vamos lá:
De acordo com CELSO CUNHA (Nova Gramática do Português Contemporâneo, 5ª edição, pág. 676),
"1. Emprega-se PRINCIPALMENTE as ASPAS:
a) no início e no fim de uma citação para distingui-la do resto do contexto.
Ex.: Definiu César toda a figura da ambição quando disse aquelas palavras:
"Antes o primeiro na aldeia do que o segundo em Roma."
b) para fazer sobressair termos ou expressões, geralmente não peculiares à linguagem normal de quem escreve (estrangeirismos, arcaísmos, neologismos, vulgarismos etc.):
Ex.: Era melhor que fosse "clown".
c) para acentuar o valor significativo de uma palavra ou expressão:
Ex.: Não é esse meu "abstrato". Ao não sensorial chamo eu "formal".
d) PARA REALÇAR IRONICAMENTE UMA PALAVRA OU UMA EXPRESSÃO:
Ex.: Está o mundo perdido, até a Judite já tem um "arranjinho"!
Ex.: Muda-se a face deste mundo inteiro, tudo transformam guerras e procelas: E há sempre um "ela" na conversa deles, e há sempre um "ele" na conversa delas. "
Aí o CESPE deu um "ctrl C + ctrl V" no conceito dessa gramática e deu a questão como certa...
QUESTÃO: "Em ‘abrangente’ (L.4), ‘estilingue’ (L.12) e ‘grande bazuca’ (L.12), as aspas foram empregadas PARA REALÇAR IRONICAMENTE as duas primeiras PALAVRAS e a mencionada EXPRESSÃO.".
;O*
c) para acentuar o valor significativo de uma palavra ou expressão:
Abrangente estava entre aspas porque se aguardava um acordo "abrangente". A ironia consiste em um recurso no qual se diz algo com o intuito de realçar seu oposto, como chamar alguém fraco de forte, por exemplo.
O texto dá a ideia de que os negociadores estavam confusos e não sabiam direito o que estavam fazendo, mas isso não quer dizer que o acordo ao qual chegaram não tenha sido abrangente, apenas confuso.
não vi ironia em estilingue!
Questão totalmente subjetiva, a CESPE poderia colocar perfeitamente como errada essa questão também.
Não vejo ironia no termo "grande bazuca", pois está falando na grande potência da atualidade, as aspas também tem a função de por alguma coisa em evidencia.
Para a CESPE, aspas só se usa para ironia, então qualquer expressão que eu queira evidenciar será um deboche, hahahaha
Questão impossível de recurso.
a expressão "abrangente" está no sentido de ser irônica, pois nas linhas 7e 8 fala que chegaram a um acordo (abrangente), mas nem sabem em que consiste, ou seja, é uma acordo que nem se sabe o que é, foi irônico. Esse também é duvidoso.
Esta correto, muitas vezes quando se põe aspas em um texto, tem a intenção de ressaltar ironia.
Ex: No trecho "os líderes da Zona do Euro haviam chegado a um aguardado acordo “abrangente” para salvar o euro" as aspas demonstram que o acordo não foi necessariamente abrangente.
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