Em engenharia de software um MER (Modelo Entidade Relaciona...
Em engenharia de software um MER (Modelo Entidade Relacionamento), representa uma forma de descrever as informações de um domínio de negócio. Pode, portanto, ser entendido como uma representação abstrata que auxilia o processo de desenvolvimento de software, facilitando dentre outras coisas, a modelagem de um banco de dados para atender aos requisitos do software. Um dos elementos mais importantes neste modelo são as entidades. As entidades podem possuir dependências entre si e estas dependências são descritas através de relações. A respeito das relações que podem existir em um MER, analise as afirmativas abaixo.
I. Em um MER os relacionamentos possuem uma característica que é chamada de cardinalidade. Essa característica descreve, do ponto de vista quantitativo, como as entidades se relacionam.
II. Em uma situação onde uma entidade possui uma relação consigo mesma, este tipo de relação é representada no MER através de um auto-relacionamento. Esse tipo de relacionamento terá sempre cardinalidade de 1 para 1.
III. Quando a relação entre duas entidades A e B é múltipla e em ambos os sentidos, dizemos que esta é uma relação com cardinalidade N para N. A implementação deste tipo de relação em um banco de dados relacional requer a criação de uma tabela para armazenar este tipo de relação.
É correto o que se afirma
Gabarito comentado
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A alternativa correta é a C - apenas em I e III. Vamos dissecar cada uma das afirmativas para entender o motivo.
Afirmativa I: A cardinalidade é um aspecto fundamental nos Diagramas de Entidade e Relacionamento (DER). Ela define a natureza quantitativa das relações entre entidades, informando como as instâncias de uma entidade se relacionam com as instâncias de outra. Por exemplo, a cardinalidade pode ser 1 para 1, 1 para N, N para 1 ou N para N. Esta afirmativa está correta.
Afirmativa II: Embora o auto-relacionamento esteja bem descrito, afirmando que uma entidade pode estar relacionada consigo mesma, a afirmação de que esse tipo de relação terá sempre cardinalidade 1 para 1 é incorreta. Um auto-relacionamento pode possuir qualquer cardinalidade, como 1 para N ou N para N, dependendo das regras de negócio de cada caso específico. Por exemplo, um auto-relacionamento pode ser usado para representar a hierarquia entre funcionários, onde um gerente (1) tem vários subordinados (N).
Afirmativa III: Quando se fala de uma relação N para N entre duas entidades, isso indica que muitas instâncias de uma entidade podem estar associadas a muitas instâncias de outra entidade. Esta é, de fato, uma relação muitos-para-muitos. Em bancos de dados relacionais, tal relação é implementada por meio de uma tabela associativa, que armazena as combinações de chaves primárias das duas entidades envolvidas na relação. Essa afirmativa está correta.
Portanto, ao analisar as afirmativas, observamos que as afirmativas I e III estão corretas, o que justifica a alternativa C como a correta.
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Comentários
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Gabarito: letra c
II. Errada. "Os auto-relacionamentos podem possuir qualquer tipo de cardinalidade. No caso já vimos auto-relacionamentos do tipo um para um. Mas também existem auto-relacionamentos onde podemos ter cardinalidade muitos para muitos. Considere um cenário de uma indústria onde produtos são compostos por componentes que são também produtos, de forma que um produto é composto por muitos componentes e pode compor muitos outros produtos. Observe que estamos lidando com um único conceito que Produto, tanto componente como produto são produtos. Neste caso, temos uma composição de produto"
https://sites.google.com/site/uniplibancodedados1/aulas/aula-9---auto-relacionamentos
Gabarito: C.
Contribuindo quanto á alternativa III:
As razões de cardinalidade possíveis para tipos de relacionamento binários são 1:1, 1:N, N:1 e M:N.
Se o relacionamento é 1:1 ocorre a fusão das tabelas.
Se o relacionamento é 1:N o lado N recebe a chave primária do lado 1.
(CEBRASPE 2011/MEC) No relacionamento 1:N (um para muitos) em que haja autorrelacionamento, deve-se incluir a chave primária da entidade na própria entidade como chave estrangeira e gerar uma estrutura de acesso a partir dessa chave estrangeira. (Certo).
Se o relacionamento é M:N cria-se uma nova tabela associativa.
(CEBRASPE 2014/ ANTAQ) É recomendável utilizar chaves primárias compostas como identificadores de relações compostas, oriundas de um relacionamento M:N. (Certo).
(CEBRASPE 2017/ TCE-PE) O relacionamento muitos para muitos entre duas entidades possui atributos, ou seja, dados inerentes ao fato, e não as entidades. (Certo)
Bons estudos!
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