O jornal Destak Rio de 5/12/2017 mostrava a seguinte manchet...
Texto 1 – Quem protege os cidadãos do Estado?
Renato Mocellin & Rosiane de Camargo, História em Debate
O conjunto de leis nacionais, assim como de tratados e declarações internacionais ratificadas pelos países, busca garantir aos cidadãos o acesso pleno aos direitos conquistados. Há, no entanto, inúmeras situações em que o Estado coloca a população em risco, estabelecendo políticas públicas autoritárias, investindo poucos recursos nos serviços públicos essenciais e envolvendo civis em conflitos armados, por exemplo.
Existem diversas organizações internacionais que atuam de forma a evitar que haja risco para a vida das pessoas nesses casos, como a Anistia Internacional, a Cruz Vermelha e os Médicos sem Fronteiras. Por meio de acordos internacionais, essas instituições conseguem atuar em regiões de conflito onde há perigo para a população.
Os Médicos sem Fronteiras, por exemplo, nasceram de uma experiência de voluntariado em uma guerra civil nigeriana, no fim dos anos 1960. Um grupo de médicos e jornalistas decidiu criar uma organização que pudesse oferecer atendimento médico a toda população envolvida em conflitos e guerras, sem que essa ação fosse entendida como uma posição política favorável ou contrária aos lados envolvidos. Assim, seus membros conseguem chegar a regiões remotas e/ou sob forte bombardeio para atender os que estão feridos e sob risco de vida.
Para que a imparcialidade dos Médicos sem Fronteiras seja possível, é preciso que as partes envolvidas no conflito respeitem os direitos dos pacientes atendidos. Assim, a organização informa a localização de suas bases e o tipo de atendimento que deve ocorrer ali; o objetivo é proporcionar uma atuação transparente, que sublinhe o caráter humanitário da ação dos profissionais da organização.
O jornal Destak Rio de 5/12/2017 mostrava a seguinte manchete: “Jovem baleada no morro do Alemão em estado gravíssimo e já perdeu o bebê de seis meses, ao ser baleada no sábado”.
Entre as situações citadas no texto 1, esse fato se prende:
Gabarito comentado
Confira o gabarito comentado por um dos nossos professores
Clique para visualizar este gabarito
Visualize o gabarito desta questão clicando no botão abaixo
Comentários
Veja os comentários dos nossos alunos
Essa foi tensa! hahaha FGV
Fiquei na dúvida entre as alternativas "C" e "D". Marquei a "D".
A justificativa para a "C" seria: "Há, no entanto, inúmeras situações em que o Estado coloca a população em risco, [...], investindo poucos recursos nos serviços públicos essenciais [...]" . Por esse trecho poderíamos depreender que o Estado destina poucos recursos à segurança pública, razão pela qual a jovem teria sido baleada.
Marquei a "D", no entanto, por medo da FGV, que, em muitas questões, se apega ao texto literal. Por esse raciocínio, o trecho "o Estado coloca a população em risco, [...], envolvendo civis em conflitos armados, [...]" justificaria a alternativa "D".
Acho que é porque o tiro pode ter outra origem, que não seja conflito armado. Ela pode ter sido vítima de um assalto, por exemplo. Em qualquer caso, há problemas com a segurança pública. Assim, não se sabe se houve troca de tiros, mas a alternativa C abrange qualquer circunstância relacionada à segurança.
a) INCORRETA. A violência no Rio de Janeiro não é fruto de políticas públicas autoritárias. A razão de o povo sofrer as consequências de um conflito armado não é uma política pública autoritária.
b) INCORRETA. Não há como estabelecer uma relação entre a notícia e o relatado no texto tendo como base o reduzido investimento na educação. O texto não deixa claro que a ação daqueles grupos se dá por baixo investimento na educação, por isso não marquei esse item.
c) INCORRETA. O texto não deixa claro que a atuação daqueles grupos se dá em virtude de poucos recursos destinados à segurança.
d) CORRETA. Tanto no caso da notícia como nas situações relatadas no texto, o contexto presente é exatamente o fato de os civis estarem envolvidos (serem vítimas) dos conflitos armados.
e) INCORRETA. A atuação dos grupos informados no texto não se dá por conta de baixos investimentos na saúde, mas sim de uma situação precária gerada pelos conflitos armados.
Se fosse o Cespe anularia ou nem faria uma questão assim, conhecendo a FGV é D com certeza. Essa banca sempre vai ao que está literal no texto, simples assim, não tem como ir bem em prova da FGV divagando muito sobre possiveis significados e entendimentos.
Clique para visualizar este comentário
Visualize os comentários desta questão clicando no botão abaixo