Marcos Bagno chama de “dramática da língua portuguesa” a opo...
Marcos Bagno chama de “dramática da língua portuguesa” a oposição, instaurada no ensino, entre a norma-padrão e as variedades cultas da língua. Ela escancara o conflito entre os usos reais da língua e a obrigação, sentida pelos professores, de fazer cumprir um conjunto de regras que praticamente nenhum falante respeita em sua integralidade – nem mesmo os que tentam impô-las.
Diante desta constatação, o linguista propõe que a escola deva ensinar a
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A alternativa correta é a C: "norma-padrão, perspectivada por uma pedagogia crítica".
Para entender melhor a questão, devemos considerar o conceito de "dramática da língua portuguesa" apresentado por Marcos Bagno. Ele refere-se ao conflito entre a norma-padrão, que são as regras gramaticais tradicionalmente ensinadas, e as variedades cultas da língua, que são as formas de falar e escrever adotadas por grupos mais escolarizados, mas que não seguem à risca a norma padrão.
Marcos Bagno sugere que o ensino da língua deve ser realizado através de uma abordagem crítica. Isso significa que a norma-padrão deve ser ensinada não como um conjunto de regras inflexíveis, mas sim de forma a estimular o pensamento crítico dos alunos, fazendo-os refletir sobre a língua e suas variações.
Justificando as alternativas:
Alternativa A: "norma-padrão, perspectivada pelo seu emprego em gêneros não-literários". Esta alternativa foca na norma-padrão, mas não considera a perspectiva crítica que Bagno propõe. Além disso, restringir o ensino aos gêneros não-literários limita a capacidade crítica e abrangente que se espera do ensino de línguas.
Alternativa B: "variedade culta, perspectivada pelo contexto sociocultural dos sujeitos". Aqui, a atenção é dada à variedade culta em vez da norma-padrão. Embora o contexto sociocultural seja relevante, ele não está no cerne da proposta de Bagno, que é mais voltada para a crítica à imposição da norma-padrão.
Alternativa D: "variedade culta, perspectivada pelo cânone literário contemporâneo". Esta abordagem também se afasta da proposta de Bagno, pois centra-se em um aspecto literário específico, sem a dimensão crítica e reflexiva que a norma-padrão deveria ter no ensino.
Em resumo, a alternativa C é a correta porque propõe uma perspectiva crítica do ensino da norma-padrão, alinhada com a visão de Bagno sobre a necessidade de refletir criticamente sobre a língua e suas variações.
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Gab. C
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