O termo “até”, em destaque nas frases: “... instituições co...

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Q1053629 Português
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Por que temos filhos?

    A pergunta do título comporta vários níveis de resposta. No plano biológico, a reprodução é um imperativo, fazendo parte de várias das definições de vida. Mas a biologia é só parte da história. A paternidade também encerra dimensões culturais, econômicas e emocionais.
    Inspirado em “Anti-Pluralism”, de William Galston, arrisco algumas reflexões sobre a matéria.
    Até o começo do século 19, filhos eram um ativo econômico. Ajudavam desde cedo com o trabalho doméstico, colaborando para o bem-estar da família, e ainda faziam as vezes de plano de aposentadoria para os pais.
    Hoje, contudo, crianças ficaram caras. E, para piorar, elas demoram muito até começar a trazer contribuições econômicas. Como observa Galston, no espaço de dois séculos, a criação de filhos deixou de ser um bem privado para tornar- -se um bem público.
    Embora a paternidade possa trazer recompensas emocionais, do ponto de vista estritamente econômico, ela favorece a sociedade como um todo, enquanto a maior parte dos custos recai sobre os genitores.
    E por que crianças beneficiam a sociedade? A crer na análise de economistas como Julian Simon, riqueza são pessoas. Quanto mais gente, melhor, já que são indivíduos que têm ideias (além de consumir produtos) e são as novas ideias que vêm assegurando o brutal aumento de produtividade a que assistimos nos últimos 200 anos.
    E isso nos coloca diante de um dos grandes dilemas dos tempos modernos. Para assegurar a sustentabilidade da exploração dos recursos naturais do planeta, precisaríamos estabilizar ou até reduzir a população. Só que fazê-lo é uma espécie de suicídio econômico, já que ficaria muito difícil manter taxas positivas de crescimento, sem as quais instituições como previdência e até democracia representativa podem entrar em colapso.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo. 18.11.2018. Adaptado)
O termo “até”, em destaque nas frases: “... instituições como previdência e até democracia representativa podem entrar em colapso.” / “Até o começo do século 19, filhos eram um ativo econômico.” expressa circunstância de
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Essa questão requer conhecimento acerca das classes gramaticais e o valor morfossintático do conectivo até.

Em “... instituições como previdência e até democracia representativa podem entrar em colapso", até é uma palavra denotativa (= focalizador) de inclusão. Pode ser substituída por “inclusive" e “também".

Já em “Até o começo do século 19, filhos eram um ativo econômico", até é preposição compondo uma locução adverbial de tempo. Nesse caso, a palavra até exprime uma circunstância temporal.

Logo, a alternativa correta é a (A).


Gabarito da professora: Alternativa A.

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GABARITO: LETRA A

? ?... instituições como previdência e até democracia representativa podem entrar em colapso.? ? temos uma palavra denotativa de inclusão, a qual equivale a "inclusive".

? ?Até o começo do século 19, filhos eram um ativo econômico.? ? indica uma delimitação temporal, até aquele tempo (começo do século 19).

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FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

A

inclusão e de tempo, respectivamente.

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