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Ficar grudado no smartphone é antissocial ou hipersocial?

    Muitos estudiosos têm chamado atenção para as consequências do uso excessivo dos smartphones. Mas pesquisadores canadenses fizeram uma análise de diversos trabalhos publicados sobre o tema e concluíram que o fenômeno é simplesmente um reflexo do desejo profundo de se conectar com outras pessoas. Em outras palavras, eles sugerem que esse tipo de comportamento não é antissocial, e sim hipersocial.
    Em artigo publicado em uma revista científica, Samuel Veissière e Moriah Stendel, da Universidade McGill, tentam mostrar que existe um lado positivo nessa mania das pessoas. Para eles, é preciso ter em mente que o que vicia não é o aparelho, e sim a conexão que ele proporciona.
    Os autores observam que os humanos evoluíram como espécies exclusivamente sociais, que precisam do retorno constante dos outros para se guiar e saber o que é culturalmente apropriado. A interação social traz significado, objetivos e senso de identidade para as pessoas.
    O problema é que essa sede por conexões, que é absolutamente normal e até saudável, muitas vezes se transform a num com portam ento insalubre - a hiperconectividade faz o sistema de recompensa no cérebro funcionar em ritmo exagerado e surge uma compulsão que pode trazer diversas consequências à saúde e aos próprios relacionamentos.
    Eles também reforçam que é preciso fazer um esforço para não cair na cilada de se comparar com os outros, já que a realidade apresentada nas mídias sociais é distorcida. Ter isso sempre em mente é uma forma de evitar as consequências negativas das tecnologias móveis. A outra dica é guardar o aparelho durante os encontros reais - já que eles são poucos, que sejam aproveitados ao máximo.

Jairo Bauer
(https://doutorjairo.blogosfera.uol.com.br/2018/03/07/ficargrudado-no-smartphone-e-antissocial-ou-hipersocial/)
Em “já que eles são poucos, que sejam aproveitados ao máximo”, a expressão sublinhada estabelece uma relação, no trecho, de: 
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