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Q1153000 Português

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          Um roteiro literário por Belo Horizonte

Com desenho urbano moderno, a capital de Minas

Gerais inspirou muitas obras da literatura. Aqui,

roteiros que conduzem a lugares eleitos por

prosadores

                                                                                                             Por Fabrício Marques


       O primeiro roteiro pode ser percorrido a pé, na região que inspirou os modernistas e motiva os escritores contemporâneos, no seu traçado em xadrez. Andando, cada um inventa sua própria cidade: o Centro de BH é um emaranhado de avenidas diagonais superpostas às ruas ortogonais, com nome dos estados da União, entrelaçadas àquelas que remetem a tribos indígenas.

       Se quiser, cantarole Ruas da Cidade, do antológico Clube da Esquina Nº 2, de 1978. “Para quem chega, a experiência é estonteante até que, mais dia, menos dia, o hábito se instala”, diz o poeta e tradutor baiano Duda Machado, que mora há 18 anos na capital mineira, admirado com o choque do planejamento dos traçados triangular e retangular com a elevação montanhosa e as muitas ladeiras.

        Comece pela Rua Sapucaí, espécie de “orla” seca da região, com destaque para os restaurantes do italiano Massimo Battaglini, a Salumeria Central (carne de porco) e o Pecatore (frutos do mar) e o bar Dorsé.

         Nas proximidades, curta o Petit Café, em um casarão dos anos 1920. Dali, da balaustrada da avenida, você tem uma bela visão do Centro: aviste a Praça da Estação em um ângulo diferente e, olhando para a esquerda, o Viaduto Santa Tereza, onde, no final dos anos de 1920, Carlos Drummond de Andrade, aos 27 anos, escalou um dos arcos.

            Com revestimento de argamassa em tom de concreto, o viaduto foi criado para ligar o bairro da Floresta, onde morava o poeta, ao Centro – cumprindo, profeticamente, os desígnios da letra do compositor Rômulo Paes: “Minha vida é esta: subir Bahia e descer Floresta”. O “alpinismo urbano” foi repetido por algumas gerações de escritores, como a de Fernando Sabino, que recriou, em forma de ficção, o ritual em O Encontro Marcado (1956). Hoje, o viaduto conjuga aparência decadente e importância cultural e histórica. Só olhe, não precisa subir!

            O próximo destino é o Edifício Maletta. Antes de chegar lá, no caminho, passe bem ao lado do Palácio das Artes, pelo Parque Municipal, um dos cenários de Os Novos (1971), de Luiz Vilela, prosador que frequentava o local em busca de inspiração.

           Mas não perca o foco no Maletta: vire à esquerda na Rua da Bahia, que, nas palavras do poeta Paulinho Assunção, “inventou Belo Horizonte”. Famosa, a rua concentrou os bares favoritos de jornalistas e escritores e as redações dos principais jornais impressos – num deles trabalhou Rubem Braga, que, fazendo troça do caráter provinciano da metrópole, chamou-a de “Belorizontem” numa crônica. “Haja cidade, disse a Rua da Bahia em uma segunda-feira chuvosa, muito tediosa, sem nada para fazer, só com empadas nos mostruários e alguns udenistas de cachecol. E houve então a cidade”, completa Assunção.

             O Edifício Maletta fica na confluência da Bahia com a Avenida Augusto de Lima. É um mundaréu de galeria, livraria, sebo, self-services, barbearia, lojas, escritórios e bloco residencial. Peça um bife à parmegiana na Cantina do Lucas, dê uma incerta no sebo Crisálida, na sobreloja, onde o varandão abriga happy hour e baladas noturnas, e considere bares e restaurantes como o Lua Nova, Objetoria, Dub, Nine e Arcângelo.

             O paulista Mário de Andrade visitou Belo Horizonte em quatro ocasiões. Na segunda delas, em 1924, fez a leitura, na sacada do Grande Hotel, do poema que acabara de escrever, o Noturno de Belo Horizonte. O hotel foi demolido para a construção do Maletta, inaugurado em 1961.

              O passeio termina seguindo pela Augusto de Lima até chegar ao Mercado Central (no número 744), que merece reiteradas visitas. Um dos lugares mais conhecidos da capital mineira, o mercado ganhou saborosas referências no livro “O Mundo Acabou”, de Alberto Villas, com o relato de incursões para comprar frutas e outros produtos, e também no poema de Ricardo Aleixo Cine-Olho, que flagra um menino, “um ponto riscado a laser na noite de rua cheia/ali para os lados do Mercado”.

            Esse local tão querido também pelos turistas é tema de um dos livros, assinado pelo compositor Fernando Brant, da ótima coleção BH. A Cidade de Cada Um (Conceito Editorial), que reúne 28 títulos lançados sobre pontos importantes de “Belô”, “Belorizoo”, “Belzonte” – vá somando aí os apelidos da terra de escritores que já moraram aqui e voltam de vez em quando, como Silviano Santiago e Affonso Romano de Sant’Anna.


                                                                                                                    Disponível em

https://viagemeturismo.abril.com.br/destinos/belo

horizonte-um-roteiro-literario/ 

Analise o primeiro período do quarto parágrafo, e assinale a alternativa correta.
Alternativas

Gabarito comentado

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Alternativa correta: A - “O” e “um” são artigos.

A questão propõe a análise do primeiro período do quarto parágrafo do texto fornecido e testa o conhecimento em morfologia, especificamente a identificação de classes gramaticais.

Vamos entender porque a alternativa A está correta e as demais estão incorretas:

Justificativa da Alternativa Correta:

A alternativa A afirma que "O" e "um" são artigos. Vamos analisar a frase: “O próximo destino é o Edifício Maletta. Antes de chegar lá, no caminho, passe bem ao lado do Palácio das Artes, pelo Parque Municipal, um dos cenários de Os Novos (1971), de Luiz Vilela, prosador que frequentava o local em busca de inspiração.”

Na frase, “O” e “um” estão realmente sendo usados como artigos:

  • "O próximo destino" - o artigo definido "o" define o substantivo "destino".
  • "um dos cenários" - o artigo indefinido "um" define o substantivo "cenários".
Portanto, a alternativa A está correta.

Análise das Alternativas Incorretas:

B - “Em” e “dos” são conjunções.

Conjunções são palavras que ligam orações ou elementos de mesma função sintática. No entanto:

  • "Em" é uma preposição, usada para indicar lugar, tempo, modo etc.
  • "Dos" é a combinação da preposição "de" com o artigo definido "os", formando uma contração prepositiva.
Portanto, essa alternativa está incorreta.

C - “Nas” e “o” são preposições.

Preposições são palavras que ligam outras palavras, estabelecendo entre elas relações de sentido e dependência. No entanto:

  • "Nas" é a combinação da preposição "em" com o artigo definido "as", formando uma contração prepositiva.
  • "O" é um artigo definido.
Portanto, essa alternativa está incorreta.

D - Há um advérbio de modo.

Advérbios de modo indicam a maneira como uma ação é realizada. Na frase, não há advérbios de modo. Portanto, essa alternativa está incorreta.

E - A vírgula foi utilizada para isolar o vocativo.

Vocativo é um termo usado para chamar ou invocar alguém. Na frase, a vírgula é utilizada principalmente para separar elementos da oração e não para isolar um vocativo. Portanto, essa alternativa está incorreta.

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Comentários

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 Nas proximidades, curta o Petit Café, em um casarão dos anos 1920.

Temos um artigo definido e um artigo indefinido.

GABARITO. A

GABARITO: LETRA A

?   Nas proximidades, curta o Petit Café, em um casarão dos anos 1920.

 a) ?O? e ?um? são artigos ? correto, respectivamente: artigo definido e artigo indefinido.
 b) ?Em? e ?dos? são conjunções ? incorreto, preposição "em"; preposição "de" + artigo definido "os" (=dos).
 c) ?Nas? e ?o? são preposições ? incorreto, preposição "em" + artigo definido "as" (=nas); artigo definido "o".
 d) Há um advérbio de modo ? incorreto, temos um advérbio de lugar.
 e) A vírgula foi utilizada para isolar o vocativo ? incorreto, a vírgula isola um adjunto advberial.

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? FORÇA, GUERREIROS(AS)!! 

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