A intervenção fonoaudiológica na fase aguda do Acidente Vasc...
I. A reabilitação da disfagia em pacientes com sequela de AVE é baseada nos princípios da neuroplasticidade e envolve estratégias que visam a recuperação ou compensação de habilidades sensoriomotoras, considerando as fases da deglutição afetadas pelo evento neurológico.
II. Exercícios miofuncionais envolvendo estruturas orofaringolaríngeas não são indicados na reabilitação do paciente com sequela de AVE, pois, para ajustes de amplitude, força ou controle muscular, utilizam-se recursos como a eletroestimulação neuromuscular funcional, a bandagem elástica e o biofeedback.
III. Modificações nas consistências, volumes e modo de oferta, bem como a incorporação de manobras posturais e de proteção, costumam integrar o plano terapêutico por interferirem diretamente na biomecânica da deglutição, apesar de escassas as evidências científicas que comprovem a sua eficácia nesta população.
Está correto o que se afirma apenas em
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A alternativa correta é a alternativa A.
Vamos analisar cada afirmativa e compreender por que a alternativa A é a correta.
I. A reabilitação da disfagia em pacientes com sequela de AVE é baseada nos princípios da neuroplasticidade e envolve estratégias que visam a recuperação ou compensação de habilidades sensoriomotoras, considerando as fases da deglutição afetadas pelo evento neurológico.
Essa afirmativa está correta. A reabilitação da disfagia em pacientes que sofreram um AVE (Acidente Vascular Encefálico) realmente se baseia nos princípios da neuroplasticidade, que é a capacidade do sistema nervoso de se reorganizar, formando novas conexões sinápticas. As estratégias de reabilitação fonoaudiológica visam tanto a recuperação das funções afetadas quanto a compensação das habilidades sensoriomotoras comprometidas. Dessa forma, a intervenção pode abranger todas as fases da deglutição (oral, faríngea e esofágica).
II. Exercícios miofuncionais envolvendo estruturas orofaringolaríngeas não são indicados na reabilitação do paciente com sequela de AVE, pois, para ajustes de amplitude, força ou controle muscular, utilizam-se recursos como a eletroestimulação neuromuscular funcional, a bandagem elástica e o biofeedback.
Essa afirmativa está incorreta. Embora a eletroestimulação neuromuscular, a bandagem elástica e o biofeedback sejam recursos valiosos na reabilitação fonoaudiológica, os exercícios miofuncionais envolvendo estruturas orofaringolaríngeas também são indicados e frequentemente utilizados. Eles são essenciais para melhorar a amplitude, a força e o controle muscular das estruturas envolvidas na deglutição.
III. Modificações nas consistências, volumes e modo de oferta, bem como a incorporação de manobras posturais e de proteção, costumam integrar o plano terapêutico por interferirem diretamente na biomecânica da deglutição, apesar de escassas as evidências científicas que comprovem a sua eficácia nesta população.
Essa afirmativa está parcialmente correta, mas há um ponto importante a ser destacado. As modificações nas consistências, volumes e modos de oferta, assim como as manobras posturais e de proteção, são, de fato, parte do plano terapêutico para melhorar a segurança e a eficiência da deglutição. No entanto, a parte que afirma que há escassas evidências científicas que comprovem a sua eficácia é questionável, pois há sim estudos que suportam a eficácia dessas intervenções.
Portanto, com base na análise das afirmativas, somente a afirmativa I está completamente correta, o que justifica a escolha da alternativa A como a correta.
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