O mecanismo de defesa básico na teoria Kleiniana é denominado:
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Alternativa correta: A - Clivagem.
Vamos entender por que a alternativa correta é a clivagem e também discutir as opções incorretas.
A teoria de Melanie Klein é uma das mais importantes dentro da Psicanálise. Klein focou em como as relações objetais (ou seja, as relações do bebê com os objetos, que podem ser pessoas ou partes de pessoas) são fundamentais para o desenvolvimento da personalidade.
Na abordagem de Klein, o mecanismo de defesa básico é a clivagem (também conhecida como divisão).
Clivagem é um processo pelo qual o ego divide os objetos em "bons" e "maus" para lidar com sentimentos contraditórios. Essa divisão ajuda a proteger o ego imaturo do bebê de sentimentos de ansiedade e medo.
Agora, vejamos por que as outras alternativas estão incorretas:
B - Pauta: O termo "pauta" não é utilizado como um mecanismo de defesa na teoria de Melanie Klein, nem em outras teorias psicanalíticas. "Pauta" pode referir-se a uma linha ou guia, mas não se aplica ao contexto de defesa psicológica.
C - Negação: Embora a negação seja um mecanismo de defesa conhecido na psicanálise, não é o mecanismo de defesa central na teoria de Klein. A negação envolve a recusa em aceitar uma realidade dolorosa ou inaceitável.
D - Sub-rogação: A "sub-rogação" não é um termo reconhecido na psicanálise como mecanismo de defesa. Pode haver algum uso legal ou administrativo deste termo, mas não se aplica aqui.
E - Recalque: O recalque é um mecanismo de defesa importante na teoria freudiana, onde pensamentos inaceitáveis são empurrados para o inconsciente. No entanto, Klein focou mais na clivagem como mecanismo inicial de defesa.
Dessa forma, a alternativa A - Clivagem é a correta.
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“Na posição paranoide-esquizoide”, escreve Hana Segal, “a angústia dominante provém do temor de que o objeto ou os objetos persecutórios penetrem no eu, esmagando ou aniquilando o objeto ideal e o “self”. Dois mecanismos psíquicos seriam dominantes nessa fase: a introjeção e a projeção. Instalando-se por volta dos quatro meses, a posição depressiva se seguiria à posição paranoide, sendo por sua vez superada por volta do final do primeiro ano. O objeto já não é parcial, podendo ser apreendido pela criança como total, a clivagem “bom”-“mau” já não é tão categórica como outrora, a angústia é de natureza depressiva e está ligada ao temor de perder e de destruir a mãe. Em face de suas angústias, a criança desenvolve vários tipos de defesa e de atividades reparatórias, que constituem a primeira fonte da criatividade e da sublimação. A posição esquizoparanoide e a posição depressiva voltam a se fazer presentes posteriormente na vida, em especial no adulto acometido de paranoia, de esquizofrenia ou de estados depressivos (KLEIN, 1975).
A Clivagem é um mecanismo de defesa em que há cisão tanto a nível do ego, como a nível do objeto primário. O objeto visado pelas pulsões eróticas e destrutivas cinde-se num bom e mau objeto, que terão então destinos relativamente independentes no jogo das introjeções e das projeções
Letra "A"
Gab A
O objeto já não é parcial, podendo ser apreendido pela criança como total, a clivagem “bom”-“mau” já não é tão categórica como outrora, a angústia é de natureza depressiva e está ligada ao temor de perder e de destruir a mãe. Em face de suas angústias, a criança desenvolve vários tipos de defesa e de atividades reparatórias, que constituem a primeira fonte da criatividade e da sublimação. A posição esquizoparanoide e a posição depressiva voltam a se fazer presentes posteriormente na vida, em especial no adulto acometido de paranoia, de esquizofrenia ou de estados depressivos (KLEIN, 1975).
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