"(...) Não mais se pretende desenvolver apenas uma vaga sensibilidade nos alunos por meio da Arte,
mas também se aspira influir positivamente no desenvolvimento cultural dos estudantes (...) Não
podemos entender a Cultura de um país sem conhecer sua arte. Relembrando Fanon, eu diria que a
Arte capacita um homem ou uma mulher a não ser estranho em seu meio ambiente nem estrangeiro no
seu próprio país. Ela supera o estado de despersonalização, inserindo o indivíduo no lugar ao qual
pertence, reforçando e ampliando seus lugares no mundo. (...) O compromisso com a diversidade
cultural é enfatizado pela Arte-Educação Pós-moderna. Não mais somente aos códigos europeus e
norte-americanos brancos, porém mais atenção à diversidade de códigos em função de raças, etnias,
gênero, classe social etc. (...) Enquanto os termos “Multicultural” e “Pluricultural” pressupõem a
coexistência e o mútuo entendimento de diferentes culturas na mesma sociedade, o termo
“Intercultural” significa a interação entre as diferentes culturas. Esse deveria ser o objetivo da Arte-Educação interessada no desenvolvimento cultural. (...)”.
BARBOSA, Ana Mae (org.), Inquietações e mudanças no ensino da arte. São Paulo: Cortez, 2002. Na perspectiva de Ana Mae Barbosa, para que se alcance tal objetivo é necessário que: