“(...) A dicotomia corpo e mente ganhou força na modernidade quando Descartes (1983), em seus
estudos sobre a racionalidade humana, caracterizou o dualismo psicofísico entre matéria (corpo ou
coisa extensa - res extensa) e espírito (alma ou coisa pensante - res cogitans), reforçando a separação
entre o mundo material e o espiritual (CARBINATTO; MOREIRA, 2006). Com isso, o corpo estaria
sempre submetido aos comandos da mente num processo que liga a existência do sujeito à sua condição
racional e não existencial. Historicamente, os processos escolares expõem uma forma de trabalhar com
o corpo que denunciam tal divisão, sendo veladamente aceita a separação entre as disciplinas que
trabalham com a mente (Matemática, História, Língua Portuguesa etc.) e a Educação Física que "mexe"
com o corpo. Nessa forma de perceber o corpo, este é compreendido como "físico", e não no sentido
da corporeidade. (...)”.
SILVA, Luiza Lana Gonçalves. REFLEXÕES SOBRE CORPOREIDADE NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO
INTEGRAL.
A respeito do conceito de corporeidade, é correto afirmar que: