“(...) As artes visuais, como disciplina no ensino básico brasileiro, permeou ao longo da história
diferentes nomenclaturas e fases conceituais, abarcando diversos desdobramentos metodológicos
frente ao ensino/aprendizagem. No período modernista, propunha-se a inclinação ao espontaneísmo, à
expressividade como algo sem referências diretas às imagens da História da Arte. A imagem era
negligenciada e as relações emocionais prevaleciam sobre os exercícios e experiências artísticas
realizadas em prol da expressividade “pura” do educando, em que se primava pela “originalidade”. Já
no Pós-modernismo, Ana Mae Barbosa, percebendo o contexto modernista de recusa ao ensino crítico
e reflexivo, inicia o processo de sistematização da Abordagem Triangular, que se ancora sobre o Ler,
Fazer e Contextualizar, pressupondo um pensamento articulado, no qual o contexto do educando é
tomado com relevância frente ao conteúdo ensinado. Dessa forma, a Abordagem Triangular torna-se,
concretamente, de teoria a indicações para possíveis caminhos metodológicos. Assim, como
conhecimento e cultura ela instaurou reflexões epistemológicas ao criticar as concepções modernistas
de educação em arte. (...)”.
Reflexões sobre a Abordagem Triangular no Ensino Básico de Artes Visuais no contexto brasileiro.
A respeito da Abordagem Triangular, proposta por Ana Mae Barbossa, pode-se afirmar que: