Marilda Iamamoto é uma das autoras de referência no Serviço ...

Alternativa correta: C - Somente as afirmativas 2 e 3 são verdadeiras.

Vamos explorar o tema central da questão, que se concentra na “questão social” e sua relação com o Serviço Social, principalmente a partir da perspectiva teórica da autora Marilda Iamamoto, uma referência neste campo.

A "questão social" refere-se às expressões das desigualdades sociais geradas pelo modo de produção capitalista. Esse conceito é essencial no estudo das políticas sociais e na prática dos assistentes sociais, pois é a partir dessas desigualdades que se definem as intervenções sociais.

Agora, vamos analisar as afirmativas:

1. Afirmativa 1: Indica que a "questão social" foi transformada pela reestruturação do capitalismo, resultando em problemas como o desemprego estrutural. Esta afirmativa está incorreta porque, apesar de a reestruturação do capitalismo impactar a "questão social", a noção de "nova questão social" como ruptura não é amplamente reconhecida nas obras de Iamamoto.

2. Afirmativa 2: Destaca que os traços essenciais da "questão social" do século XIX não foram superados e permanecem até hoje. Esta afirmativa está correta e reflete a visão de Iamamoto de que os problemas sociais ligados ao trabalho ainda são relevantes.

3. Afirmativa 3: Define a "questão social" como a matéria-prima para o trabalho do assistente social. Esta afirmativa também está correta, pois é a partir dela que o assistente social planeja suas intervenções.

4. Afirmativa 4: Afirma que o Estado se volta para políticas sociais libertárias e antiestatizantes. Esta afirmativa está incorreta porque a atuação do Estado em políticas sociais geralmente não é definida por essas características, especialmente no contexto analisado por Iamamoto.

Com base nessa análise, a resposta correta é a alternativa C.

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Autores como Marilda Iamamoto (2001), José Paulo Netto (2001), Maria Carmelita Yazbek (2001), Potyara Pereira (2001), Alejandra Pastorini (2007), Marilda Iamamoto (2008) são categóricos em afirmar que não há uma NOVA “questão social”, já que se mantêm os traços essenciais da “questão social”, surgidos no século XIX, cujo fundamento é o trabalho. Eles não foram superados e permanecem até os dias atuais, só que em sua forma mais radical e alienada: na BANALIZAÇÃO DO HUMANO e INVISIBILIDADE DO TRABALHO SOCIAL. Pois, a “questão social” assume expressões particulares dependendo das peculiaridades de cada formação social e da forma de inserção de cada país na ordem capitalista. Para Netto, inexiste qualquer “nova questão social” e sim “a emergência de novas expressões da ‘QUESTÃO SOCIAL’ que é insuprimível sem a supressão da ordem do capital. A dinâmica societária específica dessa ordem não só põe e repõe os corolários da exploração que a constitui medularmente: a cada novo estágio de seu desenvolvimento, ela instaura expressões sócio-humanas diferenciadas e mais complexas, correspondentes à intensificação da exploração que é a sua razão de ser” (2001, p.48). Não há uma nova questão social, o que se verifica é o surgimento e alteração, na contemporaneidade, de suas REFRAÇÕES E EXPRESSÕES. Assim, o que há são novas (EXPRESSÕES) da questão social.