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Q2562543 História
“No Oriente Médio, em 1947, ao final da Segunda Guerra Mundial, a ONU dividiu o território da Palestina, então sob administração inglesa, em duas áreas: uma judaica e outra palestina [...]. Entretanto, em 1948, por determinação das Nações Unidas, os ingleses se retiraram da região. No mesmo ano, foi criado o Estado de Israel. Os países árabes vizinhos (Egito, Iraque, Jordânia, Líbano e Síria) saíram em defesa dos palestinos, que se consideraram prejudicados pela partilha realizada pela ONU. Iniciou-se a Primeira Guerra Árabe-Israelense (1948-1949), que resultou na vitória de Israel, na ampliação do seu território e no desencadeamento de uma permanente tensão na região” (Vicentino, 2013). Considerando esse tema, assinale a alternativa que apresenta a sequência cronológica correta dos fatos pertencentes a esse contexto histórico. 
Alternativas

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Alternativa correta: A

Vamos entender melhor esse contexto histórico e justificar as alternativas.

O tema da questão é a sequência cronológica dos principais conflitos e eventos no Oriente Médio relacionados ao Estado de Israel e aos territórios palestinos. Para resolver a questão, é necessário conhecer as datas e a ordem dos seguintes eventos:

1. Guerra dos Seis Dias (1967)

A Guerra dos Seis Dias foi um conflito armado entre Israel e uma coalizão de países árabes que incluiu Egito, Síria e Jordânia. O conflito começou em 5 de junho de 1967 e terminou em 10 de junho do mesmo ano. Israel saiu vitorioso e expandiu significativamente seu território, ocupando a Cisjordânia, Gaza, Península do Sinai e as Colinas de Golã.

2. Guerra do Yom Kippur (1973)

Este conflito também é conhecido como Guerra de Outubro. Iniciada em 6 de outubro de 1973, quando uma coalizão de estados árabes liderada por Egito e Síria lançou um ataque surpresa contra Israel durante o feriado judaico do Yom Kippur. A guerra terminou em 25 de outubro de 1973, com um cessar-fogo mediado pelas Nações Unidas.

3. Primeira Intifada (1987-1993)

A Primeira Intifada foi um levante palestino contra a ocupação israelense da Cisjordânia e da Faixa de Gaza. Iniciada em dezembro de 1987, foi caracterizada por protestos, greves e confrontos violentos, durando até os acordos de Oslo em 1993.

4. Segunda Intifada (2000-2005)

A Segunda Intifada, também conhecida como Intifada Al-Aqsa, começou em setembro de 2000 após uma visita controversa do político israelense Ariel Sharon ao Monte do Templo. Este levante foi mais violento do que o primeiro e incluiu atentados suicidas, ataques terroristas e operações militares israelenses, perdurando até 2005.

Compreendendo a sequência cronológica dos eventos, fica claro que a alternativa A é a correta, pois apresenta a ordem correta: Guerra dos Seis Dias (1967), Guerra do Yom Kippur (1973), Primeira Intifada (1987-1993) e Segunda Intifada (2000-2005).

Vamos analisar as alternativas incorretas:

B - Guerra do Yom Kippur – Primeira Intifada – Guerra dos Seis Dias – Segunda Intifada: A Guerra do Yom Kippur não ocorreu antes da Guerra dos Seis Dias. Logo, está incorreta.

C - Guerra dos Seis Dias – Primeira Intifada – Guerra do Yom Kippur – Segunda Intifada: A Guerra do Yom Kippur ocorreu antes da Primeira Intifada, portanto, esta sequência está errada.

D - Primeira Intifada – Segunda Intifada – Guerra dos Seis Dias – Guerra do Yom Kippur: A Primeira e a Segunda Intifadas ocorreram após as guerras dos Seis Dias e do Yom Kippur. Assim, essa sequência está incorreta.

E - Primeira Intifada – Segunda Intifada – Guerra do Yom Kippur – Guerra dos Seis Dias: Similar à alternativa anterior, as Intifadas ocorreram depois das guerras. Portanto, está incorreta.

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A alternativa correta é a letra A: Guerra dos Seis Dias – Guerra do Yom Kippur – Primeira Intifada – Segunda Intifada.

Vamos analisar cada uma das guerras e intifadas mencionadas nas alternativas para compreender a sequência correta:

  • Guerra dos Seis Dias (1967): Esse foi um dos conflitos mais significativos no Oriente Médio, onde Israel conquistou vastos territórios da Síria, Jordânia e Egito, incluindo a Península do Sinai e as Colinas de Golã.
  • Guerra do Yom Kippur (1973): Uma tentativa surpresa de reconquistar territórios perdidos na Guerra dos Seis Dias, liderada por Egito e Síria. Apesar de um início promissor, Israel conseguiu reverter a situação e avançar ainda mais em território inimigo.
  • Primeira Intifada (1987-1993): Um levante palestino nos territórios ocupados por Israel, caracterizado por protestos, greves e confrontos violentos com as forças de segurança israelenses.
  • Segunda Intifada (2000-2005): Uma nova onda de violência que se seguiu ao fracasso das negociações de paz e à visita do líder israelense Ariel Sharon à Esplanada das Mesquitas em Jerusalém.

A alternativa correta é A) Guerra dos Seis Dias – Guerra do Yom Kippur – Primeira Intifada – Segunda Intifada. Essa alternativa apresenta a sequência cronológica correta dos principais eventos que marcaram o conflito árabe-israelense no contexto da criação e consolidação do Estado de Israel.

Discutindo o Contexto Histórico e os Eventos

1. Guerra dos Seis Dias (1967)

  • Data: 5 a 10 de junho de 1967
  • Descrição: A Guerra dos Seis Dias foi um conflito entre Israel e as nações árabes vizinhas, incluindo Egito, Jordânia e Síria. O conflito começou com um ataque preventivo de Israel contra o Egito, que havia mobilizado suas tropas no Sinai. Israel obteve uma vitória rápida e decisiva, expandindo significativamente seu território ao ocupar a Faixa de Gaza, a Península do Sinai, a Cisjordânia (incluindo Jerusalém Oriental) e as Colinas de Golã.

2. Guerra do Yom Kippur (1973)

  • Data: 6 a 25 de outubro de 1973
  • Descrição: Também conhecida como Guerra de Outubro, essa guerra começou com um ataque surpresa coordenado por Egito e Síria contra Israel no feriado judaico de Yom Kippur. O objetivo era recuperar os territórios perdidos para Israel na Guerra dos Seis Dias. Inicialmente, os árabes tiveram sucesso, mas Israel reverteu a situação e manteve a maior parte dos territórios conquistados em 1967. A guerra levou a uma crise do petróleo e aumentou as tensões internacionais, envolvendo as superpotências da Guerra Fria.

3. Primeira Intifada (1987-1993)

  • Data: 1987 a 1993
  • Descrição: A Primeira Intifada foi um levante popular palestino contra a ocupação israelense nos territórios da Cisjordânia e Faixa de Gaza. O movimento começou com protestos e boicotes, mas evoluiu para confrontos violentos com as forças israelenses. A Intifada mobilizou a sociedade palestina e atraiu a atenção internacional para a causa palestina, levando ao início do processo de paz de Oslo.

4. Segunda Intifada (2000-2005)

  • Data: 2000 a 2005
  • Descrição: A Segunda Intifada, também conhecida como Intifada de Al-Aqsa, foi outro levante palestino, desencadeado após a visita de Ariel Sharon, então líder da oposição israelense, ao complexo da Mesquita de Al-Aqsa em Jerusalém. Esse levante foi mais violento do que o primeiro e envolveu ataques suicidas, repressão militar e intensificação do conflito entre israelenses e palestinos. A Segunda Intifada resultou em milhares de mortos e feridos de ambos os lados e minou significativamente o processo de paz iniciado na década de 1990.

Conclusão

O conflito árabe-israelense é marcado por uma série de guerras e levantes que moldaram a geopolítica do Oriente Médio. A sequência correta dos eventos listados na alternativa A reflete o desenvolvimento cronológico das tensões e confrontos que ocorreram desde a Guerra dos Seis Dias em 1967 até a Segunda Intifada nos anos 2000. Esses eventos são fundamentais para entender as complexidades do conflito e suas implicações duradouras na região.

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A Primeira Guerra Árabe-Israelense, também conhecida como Guerra de Independência de Israel ou Guerra de 1948, foi um conflito que ocorreu logo após a criação do Estado de Israel em 14 de maio de 1948. Este conflito envolveu o recém-criado Estado de Israel e uma coalizão de países árabes, incluindo Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque, além de forças palestinas locais. A guerra teve profundas implicações para a geopolítica do Oriente Médio e as relações árabe-israelenses, consequências que ainda reverberam até os dias atuais.

Contexto Histórico

  • Mandato Britânico e Partilha da Palestina: Desde o fim da Primeira Guerra Mundial, a Palestina estava sob mandato britânico, conforme determinado pela Liga das Nações. Durante esse período, aumentaram as tensões entre a população árabe e a crescente comunidade judaica, impulsionada pela imigração sionista. Em 1947, a ONU propôs a partilha da Palestina em dois Estados, um judeu e outro árabe, com Jerusalém sob administração internacional. Os líderes judeus aceitaram o plano, enquanto os líderes árabes o rejeitaram, argumentando que era injusto ceder metade do território aos judeus, que eram uma minoria na Palestina.

  • Declaração de Independência: Em 14 de maio de 1948, David Ben-Gurion, líder sionista, declarou a independência de Israel, um dia antes do término oficial do Mandato Britânico. No dia seguinte, tropas de vários países árabes invadiram o território israelense, marcando o início da guerra.

Principais Fases da Guerra

  • Fase Inicial (Novembro de 1947 a Maio de 1948): Antes da invasão dos exércitos árabes, o conflito já havia começado como uma guerra civil entre as comunidades judaica e árabe na Palestina. Essa fase foi marcada por combates entre milícias judaicas, como o Haganá, e forças árabes palestinas. Houve intensos confrontos urbanos, especialmente em áreas mistas como Jerusalém, Jaffa e Haifa.

  • Invasão Árabe (Maio de 1948 a Março de 1949): Após a declaração de independência, as forças regulares dos estados árabes vizinhos invadiram Israel. A guerra se espalhou por diversas frentes, incluindo a frente norte (com a Síria e o Líbano), a frente central (com a Jordânia, que anexou a Cisjordânia) e a frente sul (com o Egito). Israel, inicialmente em desvantagem, conseguiu repelir os ataques árabes e até ampliar o território que controlava, além daquele previsto no plano de partilha da ONU.

  • Contra-Ofensiva Israelense e Armistícios (1949): No início de 1949, Israel lançou uma série de contra-ofensivas, consolidando seu controle sobre áreas significativas. Em seguida, foram assinados armistícios entre Israel e os países árabes vizinhos, com a mediação da ONU. Esses acordos, no entanto, não resultaram em um tratado de paz permanente, mas apenas em um cessar-fogo temporário.

[continua...]

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