O caso clínico abaixo refere-se à questão.Uma paciente com a...

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Q1769323 Medicina

O caso clínico abaixo refere-se à questão.


Uma paciente com atraso menstrual colheu ß-HCG quantitativo sanguíneo, cujo valor foi de 1100 mUI/ml. No mesmo dia, foi realizada uma USG transvaginal, que identificou eco endometrial espessado (18mm), sem imagem de saco gestacional na cavidade uterina e presença de cisto anexial à direita (20mm).


Considerando a hipótese diagnóstica mais provável no caso anterior, qual a conduta recomendada?

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Vamos analisar a questão apresentada e compreender qual é a conduta recomendada para o caso clínico descrito.

O tema central da questão é a suspeita de uma gravidez ectópica, que ocorre quando um óvulo fertilizado se implanta fora da cavidade uterina, geralmente nas trompas de Falópio. Esse é um diagnóstico diferencial importante quando se identifica um ß-HCG positivo e não se visualiza um saco gestacional no útero através do ultrassom.

Alternativa Correta: A - Repetir o ß-HCG quantitativo em 48 horas.

Essa é a conduta correta porque, em caso de suspeita de gravidez ectópica, é importante monitorar os níveis de ß-HCG no sangue. Em uma gravidez normal, os níveis de ß-HCG dobram aproximadamente a cada 48 horas. Na gravidez ectópica ou em uma gravidez inviável, esse aumento será mais lento ou inexistente. Portanto, repetir o ß-HCG ajuda a esclarecer a situação.

Por que as outras alternativas estão incorretas?

  • B - Repetir a USG transvaginal no dia seguinte: A USG pode não mostrar mudanças significativas em apenas um dia. Além disso, o acompanhamento do ß-HCG é mais informativo para confirmar se a gravidez está progredindo normalmente.
  • C - Curetagem uterina: Não é indicada sem uma confirmação do diagnóstico, como uma gravidez ectópica ou uma gravidez inviável confirmada. Curetagem é um procedimento invasivo e não é o primeiro passo nesse contexto.
  • D - Videolaparoscopia: É um procedimento cirúrgico invasivo que só deve ser considerado após a confirmação da gravidez ectópica, especialmente se houver sinais de complicações como hemorragia interna.
  • E - Laparotomia: Uma cirurgia ainda mais invasiva que a videolaparoscopia, utilizada em emergências ou quando a laparoscopia não é viável. Não é apropriada sem diagnóstico confirmado.

Com essa análise, focamos em entender que a repetição do exame de ß-HCG é menos invasiva e nos dá informações cruciais sobre a viabilidade da gravidez. Com isso, o diagnóstico pode ser mais seguro antes de considerar intervenções invasivas.

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Comentários

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A resposta correta para essa questão é a alternativa A, que recomenda a repetição do ß-HCG quantitativo em 48 horas. A razão para essa conduta é que, com base nos achados da USG transvaginal, não foi possível identificar o saco gestacional na cavidade uterina, o que pode sugerir uma gravidez ectópica. No entanto, o valor elevado do ß-HCG quantitativo pode indicar uma gravidez intrauterina em estágio inicial. Portanto, a repetição do exame após 48 horas irá indicar se há aumento ou diminuição dos níveis, o que ajudará no diagnóstico e na definição da conduta a ser adotada. As demais opções de resposta (B, C, D e E) não são indicadas nesse caso específico, pois não respondem adequadamente à hipótese diagnóstica mais provável.

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