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Q1684913 Medicina
Certa paciente de 18 anos de idade, acompanhada pela irmã, deu entrada no ambulatório para consulta médica com queixa de disúria, polaciúria e nictúria. Nega febre e dor lombar. Nega episódios anteriores e corrimento vaginal. Tem vida sexual ativa e usa DIU de cobre. Ao exame físico, mostrou-se em BEG, corada, hidratada, anictérica, acianótica e orientada, com abdome plano, flácido, mas doroloso na região suprapúbica e com ruídos hidroaéreos (RHA) presentes. Observaram-se AR = MVF sem ruídos adventícios; ACV = RCR 2T BNF sem sopros; PA = 120 mmHg x 80 mmHg; FC = 90 bpm; FR = 18 irpm; e T = 37,1 ºC. A irmã da paciente, então, aproveitou a consulta para mostrar ao médico alguns exames de rotina que ela tinha feito, pois estava preocupada por estar com infecção na urina. Apresentava-se totalmente assintomática, e o exame físico dela era normal. Ela não estava gestante e já teve infecção de urina há seis meses, quando foi tratada com antimicrobianos. O exame alterado era uma urocultura com Escherichia coli resistente a sulfas, ciprofloxacino, cefalosporina de primeira, segunda e quarta geração e sensível a nitrofurantoína, cefaloporina de terceira geração, carbapenêmicos e aminoglicosídeos. 

Acerca desse caso clínico e tendo em vista os conhecimentos médicos correlatos, julgue o item a seguir.


O diagnóstico da paciente é cistite não complicada, e os antibióticos recomendados para cistite não complicada em mulheres são fosfomicina trometamol (3 g por via oral, em dose única) e nitrofurantoína (100 mg por via oral, a cada seis horas, por cinco dias). Essas drogas têm mecanismos de ação únicos e baixas taxas de resistência. Também apresentam altas concentrações urinárias e são ativos contra bactérias produtoras de betalacmase de espectro estendido (ESBL).

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A questão é correta. A paciente apresenta sintomas clássicos de cistite, como disúria (dor ao urinar), polaciúria (necessidade frequente de urinar) e nictúria (necessidade de urinar à noite). Não há sinais de febre ou dor lombar, que poderiam indicar uma infecção renal, tornando plausível o diagnóstico de cistite não complicada. Quanto ao tratamento, a fosfomicina trometamol e a nitrofurantoína são usuais para o manejo de uma cistite não complicada, devido aos seus mecanismos de ação singulares, baixas taxas de resistência e altas concentrações urinárias. Ambas são eficazes contra bactérias que produzem betalactamase de espectro estendido (ESBL), um tipo de enzima que pode conferir resistência a certos antibióticos. Logo, essas drogas são apropriadas para este caso, onde a bactéria causadora da infecção (Escherichia coli) é resistente a diversas classes de antibióticos, mas sensível à nitrofurantoína.

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