O termo “alucinose” designa uma síndrome cerebral orgânica n...

A alternativa correta é: E - falta de prejuízo da consciência, ausência de sinais sugestivos de psicose e, atividade alucinatória constante e recorrente.

Vamos entender o conceito de alucinose. Trata-se de uma condição em que a principal manifestação são as alucinações, ocorrendo sem que haja um comprometimento do nível de consciência, algo que difere de outros transtornos psicóticos. As alucinações podem ocorrer em várias modalidades sensoriais, como auditiva, visual ou tátil, e são frequentes e persistentes.

Para fazer um diagnóstico correto de alucinose orgânica, é crucial observar algumas características:

• Ausência de sinais de psicose: As alucinações ocorrem sem o conteúdo delirante típico das psicoses, ou seja, o indivíduo não apresenta crenças falsas ou distorcidas.
• Consciência intacta: Não há rebaixamento do nível de consciência, o que significa que o paciente está plenamente alerta e consciente durante as alucinações.
• Atividade alucinatória constante e recorrente: As alucinações são uma experiência contínua e repetitiva, sendo características centrais do quadro clínico.

Agora, vamos analisar por que as outras alternativas estão incorretas:

A - Prejuízo moderado da consciência, presença de sinais sugestivos de psicose e presença de atividade delirante. Essa alternativa está incorreta porque, na alucinose, não há prejuízo da consciência, nem presença de delírios, que são típicos das psicoses.

B - Diminuição do nível de consciência, presença de sinais sugestivos de psicose e atividade alucinatória recorrente. Novamente, essa alternativa é incorreta devido à referência à diminuição do nível de consciência e presença de psicose, que não ocorrem na alucinose.

C - Diminuição do nível de consciência, ausência de sinais sugestivos de psicose e inconstância de atividade alucinatória. Não é compatível porque menciona inconstância das alucinações e diminuição da consciência, ambos inadequados para caracterizar alucinose.

D - Prejuízo severo da consciência, presença de sinais sugestivos de psicose e atividade alucinatória recorrente. Esta alternativa está errada por indicar um severo prejuízo de consciência e psicose, o que não se encaixa no diagnóstico de alucinose.

A compreensão do conceito de alucinose é crucial para distinguir esse quadro de outros transtornos psicóticos, onde alucinações e delírios estão associados a alterações na consciência e na percepção da realidade.

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Um exemplo de causa de alucinose são as por intoxicação por substâncias.

Segundo Dalgalarrondo, a alucinose é o fenômeno pelo qual o paciente percebe tal alucinação como estranha à sua pessoa. O indivíduo permanece consciente de que aquilo é um fenômeno estranho, patológico. Na alucinação em si, já não há essa consciência sobre o fenômeno, mais característica de uma psicose.

Por isso, não podemos afirmar que na alucinose haja sinais sugestivos de psicose, na verdade essa hipótese é descartada, mesmo havendo uma atividade alucinatória constante e recorrente.

Cuidado para não confundir com alucinação!

O fenômeno alucinatório se diferencia da Alucinose no que tange à existência de estímulo externo já que na Alucinação não há estímulo e na Alucinose o estímulo é percebido de forma deformada, ou em uma simplificação; a Alucinose é um “engano” dos sentidos!