João, 34 anos, procura atendimento na UBS relatando que, há ...

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Q3125502 Medicina

João, 34 anos, procura atendimento na UBS relatando que, há um mês, teve a sua primeira crise convulsiva, o que o levou a buscar ajuda em um hospital. Na época, exames clínicos e laboratoriais, além de uma tomografia de crânio, descartaram causas agudas para o episódio. Foi então iniciado o uso de valproato em baixa dose (10 mg/kg/dia). Desde então, João não apresentou novos sintomas, e, no momento, o seu exame físico é normal.

Considerando a situação clínica de João e os protocolos do Ministério da Saúde, qual a conduta mais adequada?

Alternativas

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Questão sobre conduta em paciente com crise convulsiva inicial

alternativa correta: A - Descontinuar o valproato e reavaliar em 3 meses.

justificativa

A alternativa A é correta. De acordo com os protocolos do Ministério da Saúde, em pacientes com uma primeira crise convulsiva, o tratamento com medicamentos antiepilépticos pode ser descontinuado após um período de estabilidade, especialmente quando não há fatores de risco para recorrência de crises. João teve uma única crise convulsiva, não apresentou novos sintomas e o exame físico atual é normal. Neste contexto, a conduta mais adequada seria descontinuar o valproato e realizar uma reavaliação em 3 meses, pois a chance de recorrência após uma única crise é baixa, e o paciente não apresenta sinais clínicos que justifiquem a manutenção prolongada do tratamento.

análise das demais alternativas

[B]: Manter a dose de valproato e reavaliar em 3 meses.

Errada. Embora seja importante acompanhar o paciente, a manutenção do tratamento com valproato não é indicada após uma única crise convulsiva, especialmente quando o paciente não apresenta fatores de risco para novas crises. O protocolo sugere a descontinuação do medicamento, não a continuidade.

[C]: Otimizar a dose de valproato e reavaliar em 2 meses.

Errada. Não há necessidade de otimizar a dose de valproato, uma vez que João não teve novas crises e está estável. A dose inicial é suficiente para o controle da crise inicial, e a otimização precoce não é indicada.

[D]: Realizar ressonância magnética de encéfalo e manter valproato.

Errada. A ressonância magnética não é indicada neste caso, pois a tomografia inicial descartou causas estruturais e não há evidências de fatores de risco para epilepsia secundária. A continuidade do valproato também não é necessária neste contexto.

[E]: Realizar eletroencefalograma e, se alterado, manter valproato.

Errada. O eletroencefalograma não é indicado de rotina após a primeira crise convulsiva, especialmente quando não há evidências de lesão cerebral estrutural e o paciente está sem novos sintomas. A decisão de realizar um EEG deve ser baseada em critérios clínicos mais específicos.

resumo:

A melhor conduta para João é descontinuar o valproato e reavaliar em 3 meses, uma vez que ele teve uma única crise convulsiva, não apresenta sinais de recorrência e está clinicamente estável.

pontos chave

◊ Após uma única crise convulsiva sem fatores de risco, o tratamento com antiepilépticos pode ser descontinuado.

◊ A reavaliação em 3 meses é adequada para monitorar a estabilidade do paciente e avaliar a necessidade de retomar o tratamento.

◊ Exames complementares como ressonância magnética ou eletroencefalograma não são necessários rotineiramente após a primeira crise.

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