“À medida que as pessoas mergulham ainda mais em seus equipa...
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Ano: 2024
Banca:
Instituto Consulplan
Órgão:
Prefeitura de Pitangueiras - SP
Provas:
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Pitangueiras - SP - Topógrafo
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Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Pitangueiras - SP - Técnico em Segurança do Trabalho |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Pitangueiras - SP - Técnico em Saúde Bucal ESF |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Pitangueiras - SP - Técnico em Informática |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Pitangueiras - SP - Técnico em Gestão Ambiental |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Pitangueiras - SP - Técnico em Contabilidade |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Pitangueiras - SP - Agente Comunitário de Saúde |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Pitangueiras - SP - Desenhista Projetista |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Pitangueiras - SP - Auxiliar de Cirurgião Dentista |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Pitangueiras - SP - Fiscal de Obras |
Instituto Consulplan - 2024 - Prefeitura de Pitangueiras - SP - Operador de Máquinas |
Q2444274
Português
Texto associado
Tecnoescravo
Quanto mais nos conectamos, mais nos alienamos.
Certa vez, enquanto eu estava em um ônibus cheio, um homem sentado ao meu lado atirou seu celular pela janela. Ao ouvir o
toque do seu telefone, em vez de atendê-lo prontamente, ele casualmente o jogou fora. Fiquei perplexo. Ele olhou para mim, deu de
ombros e desviou o olhar. Eu não tinha ideia se o telefone era seu, se ele o tinha roubado ou sequer se sabia o que era um celular.
Mas em um movimento aparentemente despreocupado, ele conseguiu se libertar daquilo que me tem consumido completamente.
Quando meu celular toca, uma vibração incessante e aborrecida me rouba a atenção imediatamente. Eu praguejo, mas sou
incapaz de ignorá-lo. Seja no meio de uma conversa, no chuveiro ou dormindo profundamente, o ressonar do telefone me causa tal
pânico e excitação que sou compelido a atendê-lo.
“A pressão para responder imediatamente ao pulso ou ao chamado deixa os tecnoescravos ansiosos por receber uma
mensagem, levam-nos a se afastar na tentativa de obter um melhor sinal e/ou lidar com a urgência do momento como se fosse uma
situação de vida ou morte”, escreve Gerald Celente, editor do jornal The Trends Journal. “… E com que propósito? Para dizer ‘alô’,
criar intrigas e resmungar ou fazer negócios pelo telefone?”
A tecnologia deveria nos libertar das amarras do trabalho e nos dar mais tempo livre para o lazer. No entanto, tem acontecido
exatamente o oposto. Uma pesquisa realizada em 2005 pelo Leger Marketing para o jornal de tecnologia Computing Canadá mostrou
que, para a maioria das pessoas, tecnologia significa mais trabalho e menos tempo com suas famílias. Sejam celulares, Blackberry’s,
videogames ou e-mail, nós nos tornamos uma cultura escravizada pelos nossos eletrônicos.
À medida que as pessoas mergulham ainda mais em seus equipamentos, cientistas e psicólogos começam a considerar a
dependência tecnológica um grave problema de saúde pública, colocando-a na mesma categoria que o alcoolismo, o vício em jogos
e em drogas. O estresse criado por esse vício tem gerado em suas vítimas artrite, enxaquecas e úlceras. Essas dependências físicas
vêm causando ainda excesso de peso, problemas de coluna e de pele. O mais preocupante, no entanto, é o profundo impacto que
exerce sobre o nosso desenvolvimento pessoal. Ao que parece, quanto mais conectados estamos, mais alheios ficamos.
“Os seres humanos estão caindo na armadilha do ciclo da alta tecnologia, que impede suas mentes de viver o presente,
observando a vida e absorvendo o que acontece ao seu redor”, descreve Celente. “Enquanto a tecnologia tem alterado radicalmente
a vida externa, ainda não atingiu nada tangível capaz de melhorar a vida interna das pessoas: valores morais, emocionais, filosóficos
e espirituais.”
Observando com um olhar vazio a tela do computador por horas a fio, às vezes chego a me perguntar se há, escondida, naquele
labirinto tecnológico, alguma mensagem secreta. No entanto, não importa o quanto eu olhe, termino sempre encontrando a
mesma resposta: estou aprisionado.
(SLATE, Eric. Tecnoescrevo. Tradução de Nicolaus Linneu de Holanda. Adbusters, n. 77. Acesso em: 10/12/2023.)
“À medida que as pessoas mergulham ainda mais em seus equipamentos, cientistas e psicólogos começam a considerar a dependência tecnológica um grave problema de saúde pública [...]” (5º§) Assinale a alternativa cujo acento indicador de crase é justificado pelo mesmo motivo de “à medida que”: